POSTAGENS MITOLÓGICAS DE ASTROS

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE CERES

domingo, 22 de janeiro de 2012
Ceres a cores.jpg
Imagem de ceres Planeta Anão em comparação com a Lua  da terra. 
Ceres é um planeta anão que se encontra no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Ceres tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço dessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço do total da massa do cinturão.
Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo da Terra, pouco se sabe sobre Ceres. A superfície ceriana é enigmática: em imagens de 1995, pareceu-se ver um grande ponto negro que seria uma enorme cratera; em 2003, novas imagens apontaram para a existência de um ponto branco com origem desconhecida, não se conseguindo assinalar a cratera inicial.
A própria classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteroide por mais de 150 anos.
No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteroides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4,6 bilhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteroides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteroides".
NA  MITOLOGIA
Ceres, na mitologia romana, equivalente à deusa grega, Deméter, filha de Saturno e Cibele , amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno , Vesta, Netuno e Plutão, e mãe de Proserpina com Júpiter.
Patrona da Sicília, Ceres pediu a Júpiter para que a Sicília fosse colocada nos céus; como resultado, e porque a ilha tem forma triangular, criou a constelação Triangulum, um dos antigos nomes era Sicilia.
Ceres era a deusa das plantas que brotam (particularmente dos grãos) e do amor maternal. Diz-se que foi adotada pelos romanos em 496 a.C. durante uma fome devastadora, quando os livros Sibilinos avisaram para que se adotassem a deusa grega Deméter, Cora (Perséfone) e Dionísio.
A deusa era personificada e celebrada por mulheres em rituais secretos no festival de Ambarvalia, em Maio. Existia um templo dedicado a Ceres no monte Aventino em Roma. O seu primeiro festival era a Cereália ou Ludi Ceriales ("jogos de Ceres"), instituidos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 de Abril a 19 de Abril. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebeias, que dominavam o comércio de cereais. Sabe-se muito pouco sobre os rituais de veneração a Ceres; um dos poucos costumes que foram registados era uma prática de apertar ligas nas caudas das raposas e que eram largadas no Circo Máximo.
Ela tinha doze deuses menores que a assistiam, e estavam encarregues de aspectos específicos da lavoura.
Ceres era retratada na arte com um cetro, um cesto de flores e frutos e tinha uma coroa feita de orelhas de trigo.
A palavra cereal deriva de Ceres, comemorando a associação da deusa com os grãos comestíveis. O nome Ceres provém de "ker", de raiz Indo-Europeia e que significa "crescer", também é a raiz das palavras "criar" e "incrementar". O asteróide Ceres levou o nome desta deusa, o mesmo aconteceu com o elemento químico Cerium.
Ceres também é relacionada à cerveja, que em latim é grafada Cervisiae, batizada pelos romanos em homenagem à deusa.Empresta seu nome também ao famoso lêvedo de cerveja cujo nome científico é Saccharomyces cerevisiae.

A HISTÓRIA MITOLÓGICA DE PÉGASUS

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012



Pegasus constellation map.png
Durante o outono, nós podemos ser guiados pelo grande quadrado formado pela  constelação de Pegasus para mover entre as estrelas. A constelação de Pégaso está fora da Via Láctea, e é por isso sua Estrelas sobressair de forma tão clara contra o céu escuro.
Pegasus (Peg), o Cavalo Alado, é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Pegasi.
As constelações vizinhas são Andromeda, Lacerta, Cygnus, Vulpecula, Delphinus, Equuleus, situando-se a norte de Aquarius e Pisces.
Alpha Pegasi (Markab), Beta Pegasi (Beta-Scheat), e Gamma Pegasi (Gama-Algenil), em conjunto com Alpha Andromedae (Alpheratz, Sirrah ou alfa-Andrómeda-Sirrah) formam o grande asterismo conhecido como Quadrado do Pégaso. A estrela 51 Pegasi é notável por ser a primeira estrela parecida com o Sol a ter um planeta extrassolar conhecido.


NA MITOLOGIA

Pegasus era um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa. Pégasus nasceu do sangue de Medusa quando ela foi decapitada por Perseu. Com uma patada, Pégasus fêz brotar a fonte Hipocrene, que tornou-se o símbolo da inspiração poética. Quem de suas águas bebesse se tornaria um poeta.
Belorofonte foi adotado por Glauco, da casa governante de Corinto, dono do cavalo alado. Com ajuda de Atena e da rédea de ouro, domou Pegasus. Belorofonte era um herói, filho de Poseídon, e tinha esse nome porque matou involuntariamente seu irmão Belero, chamado de Alcímenes, um tirano da sua cidade natal.
Considerado impuro devido a esta morte, teve de abandonar a cidade e procurar refúgio na corte do rei Preto, que o acolheu e o purificou. Mas Anteia, mulher do Rei Preto tentou seduzi-lo e tendo sido repudiada, foi queixar-se ao marido de que estava sendo assediada.
Agravado pela suposta afronta, o Rei Preto o enviou para a corte de seu sogro Ióbates, com o pedido de que o matasse. Ióbates, contudo, só leu o pedido do seu genro depois de ter recebido Belorofonte como hóspede e ter partilhado com ele uma refeição, logo, segundo a lei sagrada da hospitalidade, não o poderia matar.
Movido pelo desejo de seu genro, Iobates encarregou Belerofonte de várias tarefas das quais muito dificilmente sairia vivo. Encarregou-o de matar o monstro Quimera, que devastava a região, atacando rebanhos. Belerofonte, contudo, com o seu cavalo, voou sobre o monstro e matou Quimera facilmente, com um só golpe.
Ióbates encarregou-o, então, de várias outras tarefas arriscadas, tentando em vão que ele fosse morto. Envia-o em luta contra o povo guerreiro dos Sólimos, mas ele derrota-os e retorna. Novamente o envia para lutar contra as Amazonas, mas ele derrota-as e retorna. Sem saber como se livrar de Belorofonte, Ióbates organiza uma emboscada com alguns dos mais corajosos dos lídios, mas que perecem perante a bravura de Belerofonte.
O rei fica convencido, então, de que Belerofonte só pode ter origem divina e, justificando-se com seu genro, deu-lhe a mão da sua filha, Filonoé ou Anticleia, de quem teria os filhos Isendro e Hipóloco, e Laodamia, mãe de Sarpédon.
Orgulhoso dos seus feitos, decidiu voar até o Olimpo montando Pegasus, mas Zeus, ofendido, enviou uma vespa para picar Pegasus que atirou Belorofonte ao chão. Atena amaciou o chão e ele não morreu mas só conseguia se rastejar, e passou sua vida à procura de Pegasus. Porém Zeus havia transformando o cavalo Pégasus em uma constelação.
Na Constelação de Pegasus está a estrela fixa Markab a 23º Peixes , que é considerada de natureza Marte/Mercúrio por Ptolomeu. Simmonite considera de natureza Marte/Vênus; e  para Alvidas, tem natureza Júpiter quadrado Mercúrio/ com Saturno desde Peixes e Gêmeos.
Dá honra, riqueza, fortuna, mas também há perigo de febres, cortes, golpes, punhaladas e fogo, e uma morte violenta quando está em aspecto com Sol, Lua, Ascendente e M.C.; ou outras configurações que sejam mais determinantes no mapa natal.
NO ZODÍACO
A influência de Markab confere um espírito empreendedor, poder de resolução e mente determinada. Concede amor pelos discursos, bom julgamento, habilidades práticas e muita perícia, e reações rápidas. Provavelmente tenha habilidades precisas de corte ou uma oratória que impressiona, sabendo utilizar as situações a seu favor.
Ligada ao grau do sol indica atração por viagens, talentos artísticos e criativos e sucesso ao tratar com público. A aptidão para negócios pode proporcionar ganhos materiais, que podem vir por meio da habilidade de pensar e agir rapidamente.
Pode ter interesse em seguir uma profissão relacionada à educação superior, espiritualidade, filosofia e literatura. Porém Markat adverte contra a complacência e falta de entusiasmo, que talvez seja necessário superar. As características de irritabilidade, precipitação e ações prematuras, podem causar acidentes.

MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE VÊNUS

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012



Rotação: -243 dias
Translação: 224 dias e 17 horas
Diâmetro: 12012 km
Temp. Máxima: 482 C
Pressão atmosférica: - 92 bar
Luas: 0
Composição da atmosfera: Helio, Sódio e Oxigênio, dióxido de Carbono, enxofre, vapor d'água
Vênus, também conhecido por Estrela d'Alva ou Estrela do pastor, é o segundo planeta a contar do Sol e tem algumas características peculiares.
Vênus tem uma atmosfera 92 vezes mais densa que a Terra, o que equivale mergulhar mais de 900 metros de profundidade no mar. Além disso, sua atmosfera é composta principalmente de gás carbônico, o que provoca um forte efeito estufa que eleva a temperatura da superfície para 460ºC, tornando Vênus o planeta mais quente do sistema solar, mesmo estando mais afastado que Mercúrio.
A duração do dia venusiano é maior que o seu ano. Para dar uma volta ao redor do Sol, Vênus leva 224 dias e 17 horas terrestres, enquanto que para dar uma volta ao redor do seu próprio eixo demora 243 dias.
De todos os planetas do sistema solar, Vênus e Urano apresentam  movimento retrógrado, isto é, gira em sentido oposto. Em Vênus o Sol nasce no oeste e se pôe no leste.

CARACTERISTICAS  ENTRE VÊNUS E URANO

Algumas características astronômicas podem servir para que aproximemos ainda mais estes dois símbolos no plano astrológico. Por exemplo, existe um fenômeno que ocorre somente com Vênus e com Urano: ambos possuem rotação retrógrada, por conta de sua acentuada inclinação axial. Significa que, se estivéssemos em Vênus ou Urano, ao invés de ver o sol nascendo no leste e se pondo no oeste, veríamos o contrário! Não se sabe o que exatamente causou esta inclinação nos eixos desses dois planetas, ocorre é que no sistema solar somente eles giram dessa forma.
Outra característica muito interessante é o paralelo que existe entre os ciclos de Vênus e o ciclo de Urano. Para se perceber isso é necessária uma análise do grande ciclo de Vênus e do grande ciclo de Urano ao longo de séculos.Primeiro vamos entender como funciona o ciclo de Vênus:
Por estar muito próxima do Sol, mais próxima inclusive do que a própria Terra, uma translação de Vênus é um evento relativamente rápido, que se completa em apenas 240 dias. Mas quando observamos os movimentos de Vênus aqui da Terra, percebemos um ciclo maior, marcado pelas conjunções que este planeta faz periodicamente com o Sol. A cada 584 dias, vemos que Vênus, em movimento retrógrado, forma uma conjunção com o Sol, a chamada conjunção inferior. Daí que num espaço de 8 anos, aproximadamente, ocorrem 5 dessas conjunções inferiores em diferentes pontos do zodíaco, formando o desenho mostrado na seguinte animação:

Pentagrama Vênus
Vênus e a estrela de 5 pontas
Este é o pentagrama, a estrela de 5 pontas. Após 5 conjunções ocorridas em pontos distintos (A, B, C , D, E) a sexta conjunção ocorrerá novamente no ponto A, mas com uma diferença: Ela ocorrerá a 2° de longitude (aproximadamente) da conjunção anterior. Se marcarmos todas as conjunções que ocorrem ao longo dos séculos, perceberemos que este pentagrama de Vênus move-se ciclicamente, em movimento retrógrado. Significa dizer, que o “braço” A deste pentagrama após exatos 256 anos, retrogradará até o “braço” B, de forma que após 256 anos, a conjunção inferior do Braço A ocorrerá praticamente na mesma longitude (com diferença de poucos minutos) onde ocorria a conjunção do Braço B.
Por conta deste movimento, a cada exatos 251 anos veremos Vênus formando uma conjunção inferior com o Sol exatamente no mesmo grau. Pode observar nas efemérides: em 1759, a conjunção ocorre em 05° Escorpião, exatamente no mesmo ponto em que ocorreu a conjunção de 2010, no final de Outubro.
O ciclo de Urano é bem mais lento do que o de Vênus. Ele leva 84 anos para dar uma volta completa em torno do Sol. Significa que ele formará uma conjunção com o Sol, no mesmo grau, uma vez a cada 84 anos! Porém, a cada ciclo de 84 anos essa conjunção ocorre um pouquinho à frente. Se a conjunção de agora ocorrer em 00°32’ Áries, a próxima, 84 anos depois, ocorrerá em 01°42 Áries. Ao longo do tempo vai havendo um reajuste nos ciclos de Urano, de forma que depois de 251 anos, as conjunções voltam a ocorrer praticamente nos mesmos pontos, com diferença de poucos minutos. Pode olhar as efemérides de 1759 e 2010: Urano estará passando praticamente pelos mesmos graus, com diferença de poucos minutos.
Assim percebemos que a cada 251 anos, Vênus e Urano estão novamente nos mesmos locais - em relação ao Sol. Se vermos as posições heliocêntricas, elas são praticamente idênticas no que se refere a Vênus e Urano, a cada 251 anos.


NA MITOLOGIA
Gaia e UranoNo princípio havia somente o Caos, personificação do Nada, daquilo que existia antes da criação. O Caos gerou Gaia, e essa, sem cópula, gerou Urano. Gaia e Urano formaram o primeiro casal da mitologia grega, e deram origem a diversos filhos, dentre eles os Titãs. Gaia era a terra, seu ventre, o próprio Tártaro, e Urano, seu esposo e filho, o Céu. Urano detestava suas criações, e ao mesmo tempo não conseguia deixar de criar mais e mais filhos, todos odiados por ele. Seu ódio era tamanho que ele exigiu que todos permanecessem trancadas no ventre de Gaia, o Tártaro, causando a ela imensa dor e plantando nela a semente do ódio e da vingança.
Gaia então forjou uma foice especial com a qual iria castrar Urano, mas ela mesma não teria forças para tal feito, e implorou a todos os seus filhos que lhe ajudassem em seu plano. O único que atendeu ao pedido de Gaia foi Cronos (o Saturno romano). Munido da foice de Gaia, Saturno decepou a genitália do seu pai. O sangue originado da castração foi derramado sobre a terra, e deu origem a terríveis criaturas, dentre as quais a temível Medusa. O sêmem e os testículos caíram no oceano, gerando a espuma branca das ondas de onde surgiu Afrodite (a Vênus romana), personificação do Amor, imediatamente carregada por Zéfiro (a personificação do Vento) para Chipre, onde seu culto passou a ter centro. Nascida da conjunção das águas oceânicas com o sêmen do macho primordial (Urano), Afrodite é a primeira dentre as deusas do Olimpo, tendo vindo antes mesmo de Zeus e seus irmãos. É necessário, entretanto, levar em conta o fato de que este não é o único mito a tratar do nascimento de Afrodite, e que, na verdade, existiam dois cultos distintos dedicados a “diferentes Afrodites” na Grécia antiga, mas este é o mito primeiro que se apresenta. Uma outra versão aponta que Afrodite teria nascido da união entre Dione (filha de Urano com Tálassa) e Zeus.
Afrodite, a mais bela das imortais, causava muita comoção entre os deuses e despertava inveja entre as outras deusas. Punida por tramas da inveja, teve de se casar com Hefesto, o industrioso deus da Forja, a personificação que os gregos antigos deram para a tecnologia. Hefesto, que dominava o ferro e o fogo, construiu para si mesmo um palácio feito totalmente de bronze (metal de Afrodite) onde vários servos mecânicos que ele mesmo criou serviam ao casal. Hefesto não era belo (era coxo e seu rosto causava ojeriza em sua mãe Hera e estranheza em todos), mas mesmo assim ele e Afrodite se amavam imensamente. Mas o imenso amor não impedia que a deusa do amor volta e meia quisesse pular a cerca, principalmente com Ares (Marte) e com outros muitos deuses e mortais. Hefesto não possui um equivalente astrológico exato, mas pode ser associado ao signo de Aquário, e principalmente com Urano. Essa aproximação é ainda mais possível se lembrarmos que Hefesto é tanto o inventor como a aberração do Olimpo. Sendo senhor do fogo, podemos, no que queremos defender, compará-lo a Urano, para nós um planeta essencialmente do Fogo.

A MITOLOGIA ASTRONOMICA DE MARTE

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ficheiro:Mars Hubble.jpg

MARTE POSSUI DUAS CALOTAS POLARES COM ESTAÇÕES DEFINIDAS


Marte é o quarto planeta a contar do Sol e é o último dos quatro planetas telúricos no sistema solar, situando-se entre a Terra e a cintura de asteróides, a 1,5 UA do Sol (ou seja, a uma vez e meia a distância da Terra ao Sol). De noite, aparece como uma estrela vermelha, razão por que os antigos romanos lhe deram o nome de Marte, o deus da guerra. Os chineses, coreanos e japoneses chamam-lhe "Estrela de Fogo", baseando-se nos cinco elementos da filosofia tradicional oriental. Executa uma volta em torno do Sol em 687 dias terrestres (quase 2 anos terrestres)
Marte é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações.
Marte tem calotas polares que contêm água e dióxido de carbono gelados, o maior vulcão conhecido do sistema solar - o Olympus Mons, um desfiladeiro imenso, planícies, antigos leitos de rios secos, tendo sido recentemente descoberto um lago gelado. Os primeiros observadores modernos interpretaram aspectos da morfologia superficial de Marte de forma ilusória, que contribuíram para conferir ao planeta um estatuto quase mítico: primeiro foram os canais; depois as pirâmides, o rosto humano esculpido, e a região de Hellas no sul de Marte que parecia que, sazonalmente, se enchia de vegetação, o que levou a imaginar a existência de marcianos com uma civilização desenvolvida. Hoje sabemos que poderá ter existido água abundante em Marte e que formas de vida primitiva podem, de facto, ter surgido.
NA MITOLOGIA



De todos os deuses da mitologia grega, Ares (Marte) era o mais detestável, muitas vezes menosprezado por uma civilização que quanto mais avançava filosoficamente, mais se distanciava dos conflitos bélicos, comuns aos povos da antiguidade. Senhor absoluto da guerra, Ares tinha a crueldade como inspiração. Filho de Hera (Juno) e de Zeus (Júpiter), herdara da mãe a impetuosidade, a cólera e a teimosia. Para Ares a guerra representava a carnificina, o sofrimento, o derramamento do sangue, não importando os lados, longe da inteligência tática, era a verdade diante da armas, jamais da estratégia militar.
Companheiro eterno do medo, personificava a morte sem glória, à devastação sem o propósito da estratégia, não havendo merecimento na vitória, mas a força bruta como palavra final. Seus filhos representam a força destrutiva humana, sendo eles Fobos, o medo incessante; Deimos, o terror; e, Éris, a discórdia. Terror e Discórdia são seus companheiros eternos. O mais contestado pelos deuses do Olimpo, Ares tem na figura de Atena (Minerva), a sua grande rival. Ambos são deuses da guerra, mas Atena é a deusa da estratégia, da sabedoria na guerra, enquanto que Ares é apenas a destruição sem lógica.
Se na Grécia a figura de Ares é desprezada, em Roma ele é identificado com Marte, o deus da guerra justa e estratégica. A prole de Marte dará origem aos gêmeos Rômulo e Remo, fundadores da cidade eterna, o que lhe confere o estatuto de grande deus, o mais importante a ser cultuado pelos romanos. Ares e Marte, unificados em um só mito, são os que mais divergem na assimilação greco-romana.
O mito de Ares traz um deus forte, de músculos perfeitos, que vestindo armadura e elmo, empunha uma lança e um escudo; percorrendo os campos de guerra em um carro puxado por exuberantes cavalos. Mistura-se aos litigiosos, sem se ater a qualquer lado, à justiça ou às leis. Desfere golpes ao acaso, lançando um brado de terror. Quando termina, contempla a destruição absoluta. É o retrato ímpio da guerra, que transforma os campos em desertos e as cidades em ruínas. Ao contemplar o sangue derramado, Ares segue vitorioso no seu carro, desaparecendo nos céus do Olimpo.

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE URANO

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Em astronomia, Urano é o sétimo planeta a partir do Sol, e tem o terceiro maior raio planetário e quarta maior massa planetária do Sistema Solar.
Urano foi nomeado em homenagem ao deus grego da antiguidade, o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter). Embora seja visível a olho nu assim como os cinco planetas clássicos, nunca foi reconhecido pelos astrônomos antigos com um planeta por causa de sua obscura e lenta órbita. ‘’Sir’’ William Herschel anunciou sua descoberta em 13 de maio de 1781, expandindo as fronteiras do Sistema Solar pela primeira vez na história moderna. Urano foi também o primeiro planeta descoberto com um telescópio.
O planeta tem uma composição similar à de Netuno e ambos os planetas são de uma composição química diferente dos maiores gigantes gasosos Júpiter e Saturno. Como tal, os astrônomos algumas vezes os colocavam em uma categoria em separado, os "gigantes de gelo". A atmosfera do planeta, embora similar a Júpiter e Saturno, é, primariamente, composta de hidrogênio e hélio, contendo mais "gelos" tais como água, amônia e metano, junto com traços de hidrocarbonetos. É a mais fria atmosfera planetária no Sistema Solar, com uma temperatura mínima de 49 K (–224 °C). Tem uma complexa estrutura de nuvens em camadas, com água que se acredita formar as nuvens mais baixas, e metano que se acredita formar as nuvens mais exteriores., ao contrário de seu interior que é formado principalmente de gelo e rochas.
Como os outros planetas gigantes, Urano tem um sistema de anéis, uma magnetosfera e vários satélites naturais. O sistema de Urano tem uma configuração única entre os outros planetas porque seu eixo de rotação é inclinado de lado, quase no plano de translação. Portanto, seus polos norte e sul estão quase onde os outros planetas têm os seus equadores . Visto da Terra, os anéis de Urano podem algumas vezes parecer circular o planeta como um alvo de arquearia e suas luas giram em torno dele como os ponteiros de um relógio, embora em 2007 e 2008 tenham aparecido anéis de lado. Em 1986, imagens da sonda Voyager 2 mostraram Urano como um planeta virtualmente sem características na luz visível sem as faixas de nuvens e tempestades associadas com outros planetas gigantes Entretanto, observações terrestres tem mostrado sinais de mudanças sazonais e aumento da atividade do tempo recentemente quando Urano se aproximou de seu equinócio. A velocidade de vento no planeta pode alcançar 250 metros por segundos (900 km/h).
URANO NA MITOLOGIA

Diz a lenda que o deus Urano, ou Coelo, primeiro rei do Universo, personificava o céu. Para Hesíodo, poeta grego que viveu provavelmente no século 7 antes de Cristo, ele era, ao mesmo tempo, filho e marido de Geia, deusa nascida imediatamente depois do Caos original e também conhecida como Titéia, Ops, Telos, Vesta e Cibele. Em seu livro Teogonia, que trata da genealogia e filiação dos deuses, diz Hesíodo que dessa união nasceram vários deuses e semideuses, cerca de quarenta e cinco, segundo alguns autores. Entre eles Oceano, Jápeto, Têmis, Cronos, os Titãs, os Ciclopes e os hecantoquiros, os de “cem mãos”, três gigantes chamados Briareu, Coto e Giges, possuidores cem braços e cinqüenta cabeças, cada um, aos quais os romanos davam o nome de Centimanos.
Preocupado com tamanha fecundidade Urano passou a enterrar os filhos recém-nascidos no corpo de Geia, e esta, inconformada, lhes pediu que a vingassem por isso, mas somente Cronos a atendeu. Orientado pela mãe, ele um dia surpreendeu o pai e o castrou no momento em que se unia à esposa, e das gotas de sangue que caíram sobre ela nasceram as Erínias e os Gigantes. Diz a lenda que os testículos decepados de Urano flutuaram no mar e formaram uma espuma branca da qual nasceu Afrodite (Venus), a deusa do amor. Depois disso, Urano continuou a deitar-se sobre a terra todas as noites, mas como não podia mais fecundá-la, encheu-se de mágoa em conseqüência da mutilação de que fora vítima e acabou morrendo, sendo sucedido por Cronos no governo do mundo. Com o ato que praticara Cronos separara o céu da Terra e permitira com isso que o mundo adquirisse uma forma ordenada.
Sobre os hecantoquiros, Urano os hostilizava e por esse motivo acabou mandando-os para as entranhas de Gaia, mas esta, enfurecida, ajudou-os a escapar e a montar a rebelião que culminaria com a castração e queda de Urano. Cronos, que subiu ao poder logo em seguida, os aprisionou no Tártaro, de onde foram depois libertados por Zeus e o ajudaram a montar uma emboscada contra os Titãs: como possuíam cem braços, atiraram tantas pedras sobre os adversários que os mesmos acharam que a montanha por onde passavam estava desabando. Depois de derrotar os Titãs, eles se estabeleceram em palácios no rio Oceanus, como guardiões das portas do Tártaro, onde Zeus havia aprisionado os Titãs.
Na Grécia clássica não havia culto dedicado a Urano, identificado em Roma com o deus Céu. Alguns autores apontam que diversos elementos da narrativa sugerem uma origem pré-grega para ele, e que a harpe (cimitarra) usada por Cronos para mutilar o pai, indica fonte oriental para a história.
Sobre a mitologia grega,  publica-se “que ela foi de grande importância e influenciou toda a cultura ocidental. Os textos mais antigos que conservam informações sobre a mitologia grega são as obras atribuídas a Homero (Ilíada e Odisséia), elaboradas aproximadamente nos séculos XI ou VIII antes da era cristã, e as obras de Hesíodo, do final do século VIII antes de Cristo. Estas obras são poemas orais que passaram de gerações a gerações, transcritos posteriormente”.
“A antiga visão de mundo dos gregos era de que a Terra (a deusa Gaia ou Géia) era uma superfície circular, plana (exceto em suas irregularidades, como as montanhas), semelhante a um prato ou disco. O céu (o deus Urano) seria a metade de uma esfera oca, colocada sobre a Terra. Entre a Terra e o céu existiriam duas regiões: a primeira, mais baixa, que vai da superfície do solo até as nuvens, seria a região do ar e das brumas. A segunda seria o ar superior e brilhante, azul, que é visto durante o dia, e que era chamado de éter. Embaixo da Terra, existiria uma região sem luz, o Tártaros. Em volta do Tártaros, existiriam três camadas da noite. A noite é considerada como uma deusa assustadora, a quem todos os deuses respeitam”.
“A Terra conteria todas as regiões secas conhecidas na época (Europa, Ásia e África). Todas elas seriam cercadas por uma espécie de rio circular, o oceano, que iria até a borda onde o céu e a Terra se encontram. O oceano é descrito como a fonte e origem de todos os rios e mares, Homero chega a descrevê-lo como a origem de todas as coisas e dos próprios deuses”

A MITOLOGIA DA CONTELAÇÃO DE GÊMEOS

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
os gêmeos, tal como eram visto na Antiguidade Clássica
As duas estrelas mais brilhantes da constelação dos Gêmeos, a α e a β, são Castor e Pólux. Representam as cabeças dos gêmeos. Na mitologia grega, eram irmãos da célebre Helena de Tróia.
Sob o ponto de vista da Astronomia, é interessante saber que afinal Castor não é uma estrela, mas sim, três que se confundem, aos nossos olhos. Elas orbitam em torno umas das outras. Mas, mais interessante ainda é que cada uma dessas três estrelas, são, na realidade, sistemas binários. Assim sendo, Castor é um sistema sextuplo, que nos parece uma só estrela!
Encontram-se a cerca de 50 anos-luz de nós. Pólux, essa, está a 35 anos-luz. ,  porque não há nenhuma relação entre a α e β. O que nós vemos da Terra, é apenas a sua projecção no fundo do écran do céu.
No espaço aparente ocupado pela constelação (que no céu é atravessada pela Elíptica – a linha vermelha), há a salientar um cúmulo aberto, o M 35, uma estrela de neutrões e a Nebulosa do Esquimó (NGC 2392), uma nebulosa planetária.
nebulosa esquimó
a Nebulosa do Esquimó (NGC2392) - 1.400 a 3.600 anos-luz. Apesar da sua magnitude ser de 10,0, é muito luminosa, tendo sido descoberta por William Herschel, em 1787.

NA MITOLOGIA

Castor, soldado e famoso domador de cavalos, e Pólux, campeão de boxe, eram filhos do deus grego Zeus. Para além de serem irmãos, eram também muitíssimo amigos e audazes. Certo dia, decidiram ir para o mar com a finalidade de atacarem os piratas que assaltavam os honestos marinheiros.Os irmãos foram tão bem sucedidos na sua missão contra os piratas que a população começou a considerá-los heróis de guerra e louvaram-nos gravando as suas imagens nas proas dos barcos. No mar alto, quando havia uma tempestade, os marinheiros olhavam para os mastros e cordas para observar se existiam relâmpagos a saltar entre eles. Quando viam dois relâmpagos era sinal de que Castor e Pólux estavam a proteger o navio e que iriam sair sãos e salvos daquela tempestade. O fenómeno foi apelidado de "Fogo de Santelmo".Durante um dos combates contra os piratas, Castor foi morto. Porém, Pólux era imortal, o que o levou a uma profunda tristeza, pedindo a Zeus que o deixasse ficar com Castor no mundo dos mortos para sempre. Zeus ficou sensibilizado com este pedido que demonstrava uma profunda amizade. Assim, aceitou o pedido, mas colocou-os aos dois no céu para que a sua verdadeira amizade pudesse ser recordada por todos os habitantes da Terra.

Astrologia
Gémeos é o terceiro signo do Zodíaco, situando-se entre Touro e Caranguejo. Na Astrologia, forma com os signos Balança e Aquário a triplicidade dos signos do Ar. É também um dos quatro signos mutáveis, juntamente com Virgem, Sagitário e Peixes. Com pequenas variações nas datas, dependendo do ano, as pessoas deste signo nascem entre 21 de Maio e 20 de Junho.
Astronomia
Actualmente, o Sol não entra na constelação de Pólux e de Castor a 21 de Maio, ao contrário do que a Astrologia e a tradição descrevem, devido ao efeito de precessão, isto é, a inclinação do eixo de rotação da Terra varia ao longo de um ciclo de 26.000 anos. Apenas entra na constelação dos Gémeos a 22 de Junho, saindo a 20 de Julho. Assim, as duas estrelas brilhantes que representam os dois irmãos são ainda visíveis em fins de Maio, após o ocaso do Sol. Os melhores meses para a sua observação são Janeiro, Fevereiro e Março.
É desta constelação que parecem provir as Gemínidas, a melhor chuva de estrelas de todo o ano.
O gémeo mais próximo de Caranguejo tem uma estrela brilhante na cabeça, outras estrelas brilhantes em cada um dos ombros, uma no cotovelo direito, uma na mão direita, uma em cada joelho e em cada pé. O outro gémeo possui uma estrela na cabeça, uma no ombro esquerdo, uma em cada peito, uma no cotovelo esquerdo, uma em cada mão, uma no joelho direito, uma em cada pé e outra, denominada Propus, no pé esquerdo.

A HISTÓRIA MITOLÓGICA DE EUROPA

domingo, 15 de janeiro de 2012


Europa é uma das quatro luas do planeta Júpiter conhecidas como luas de Galileu (quatro enormes e exóticas luas com o tamanho de planetas).Europa é única por si própria, apresenta-se com uma superfície gelada muito brilhante com riscos coloridos. Pensa-se que seja um mundo oceânico coberto por uma capa de gelo que protege o mar interior da adversidade do Espaço. Devido às condições existentes em seu interior, alguns cientistas julgam que lá poderá existir vida, tal como a que existe nas profundezas dos mares da Terra. Europa, juntamente com o planeta Marte, é o astro de melhor condição ambiental extraterrestre no Sistema Solar, podendo abrigar vida, existindo também uma pequena possibilidade em Titã.
A LENDA DE EUROPA


Há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro um rei, Agenor, cuja filha era muito bela. O nome dela era Europa, e Zeus apaixonou-se perdidamente por sua beleza.— Que linda mulher! — exclamava o deus dos deuses, cuidando, no entanto, para não ser ouvido por Hera, sua ciumenta esposa. — Tenho de possuí-la, a qualquer preço.
Movido por essa determinação, Zeus decidiu utilizar-se de seu estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear em algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre outra aparência qualquer. Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Completada a transformação, Zeus desceu a Terra envolto numa grande nuvem.
Em uma das praias do rei de Tiro e pai de Europa, um rebanho dócil de touros pastava num relvado próximo ao mar sem que ninguém percebesse, uma grande nuvem foi se aproximando, ate que dela desceu o grande touro, indo colocar-se em meio aos demais. Os seus novos colegas de rebanho, a princípio assustados com aquela súbita aparição, abriram um espaço assim que ele pousou sobre a grama. No entanto, como o alvo touro se mostrasse manso e dócil, teve logo sua presença admitida, sem maiores contestações.
Ali esteve misturado aos demais, contrastando em relação ao pêlo escuro dos outros touros, ate que de repente a bela Europa surgiu com suas amigas, rindo e cantando por entre as areias da praia. As suas companheiras eram belas, também, mas assim como Zeus destacava-se em seu rebanho, a filha de Agenor destacava-se em meio ao seu encantador e animado grupo. Era uma manhã luminosa, o sol brilhava sem ferir os olhos, e o céu tinha um tom manso e azulado como os olhos do touro, que observavam, atentos, a aproximação de sua amada.
— Vejam só que belo rebanho! — exclamou Europa, ao ver os bois ajuntados. — Mas o que será aquela mancha branca em meio a eles?A jovem, destacando-se do grupo, avançou correndo, levantando a barra da sua túnica rendada, que lhe descia ate um pouco abaixo dos joelhos. Quando chegou perto de Zeus, seus seios arfavam sob a fina gaze de suas vestes. Os grandes olhos azuis do touro branco pousaram sobre a face corada de Europa, de tal modo que a moça não pode deixar de observar o seu intenso brilho.— Um touro branco! — disse a moça, encantada. — E que lindos olhos ele tem!
Todas as amigas ajuntaram-se em torno ao animal, que, no entanto, tinha seus grandes olhos azuis postos somente sobre a bela filha do rei. A moça, postando-se ao lado dele, começou a alisar o pelo sedoso de seu dorso branco, enquanto admirava os seus pequenos e delicados cornos, que tinham o brilho cristalino das melhores pérolas. Embora o aspecto do animal fosse suave, a sua musculatura era rija, o que Europa pôde comprovar ao alisar o seu pescoço. Alguns espasmos musculares percorriam o pêlo do touro a cada vez que Europa o acariciava. De vez em quando o animal inclinava a cabeça, fazendo-a deslizar discretamente pelo flanco de Europa, erguendo com suavidade suas vestes. A filha de Agenor, contudo, permitia tais liberdades por julgá-las apenas um brinquedo inocente do magnífico animal.
Retirando-o do grupo, Europa levou-o para passear nas areias da praia, dando-lhe com as mãos algumas flores, que o touro comeu alegremente. Depois, ele pôs-se a correr ao redor da moça, enquanto as outras o perseguiam, fazendo-lhe festas e agrados.
Como o sol começasse a se tornar quente demais — pois era o auge do verão —, as moças, cansadas momentaneamente da brincadeira, despiram-se para dar um breve mergulho no mar. Europa, entretanto, preferiu ficar na areia, a brincar com seu touro branco. Assim, enquanto suas amigas banhavam-se, Europa colhia outras flores, compondo com elas uma bela grinalda que depositou em seguida sobre os chifres do animal. Depois, montada sobre as suas costas, foi conduzida por ele num trote manso. Enquanto o animal a levava, emitia um pequeno mugido, em sinal de orgulho e satisfação.
As amigas de Europa, entretanto, ao verem a nova diversão que a filha do rei inventara, saíram todas correndo do mar, num passo rápido que fazia balançar seus pequenos seios molhados. Zeus, porém, ao vê-las avançarem para si, temeu que fossem desalojar Europa das suas costas. Realmente, logo uma delas tocou a cabeça do touro, com a mão coberta de sal: — Vamos, Europa, deixe-nos andar um pouco! — disse a moça, impaciente.Zeus, porém, aproveitando a relutância que Europa manifestava em descer, lançou-se para a frente, num salto ágil, tomando o rumo do mar.— Ei, esperem, aonde vão?... — exclamou uma das amigas de Europa, com as mãos pousadas na cintura.
Zeus, surdo aos gritos, arremeteu em meio às mulheres que avançavam pela água, obrigando-as a se afastarem, assustadas, para todos os lados.— Socorro! — gritava Europa, estendendo-Ihes as mãos, apavorada com o Ímpeto repentino do animal. O touro, entretanto, avançava mar adentro, deixando atrás de si as mulheres pela praia, a sacudir os braços, impotentes. Imaginando que o touro enlouquecera, temeram que tanto Europa quanto o animal terminariam afogados, logo que ultrapassassem a rebentação. Surpreendentemente, porém, o touro rompeu as ondas, lançando-se num trote ainda mais ágil do que aquele que usara nas areias fofas da praia. E assim se afastou cada vez mais da praia, enquanto Europa procurava manter-se agarrada aos chifres de seu seqüestrador.
— Pare!... Para onde está me levando? — perguntava Europa enquanto o touro permanecia firme no seu galope, saltando sobre as ondas com a mesma destreza de um golfinho. Vendo, porém, que o animal parecia determinado a conduzi-la para algum lugar, Europa começou a clamar por socorro, invocando a proteção de Netuno:
— O deus dos mares, veja em que aflição me encontro! — disse a moça, recebendo em seu corpo o vento e as ondas geladas.De repente, porém, tendo já avançado imensamente pelo oceano, o touro voltou para trás a cabeça e começou a conversar com a assustada Europa.
— Nada tema, bela Europa! — disse o animal. — Eu sou Zeus e a levo comigo para a ilha de Creta, onde casaremos e você será honrada com uma ilustre descendência.
Europa, mais calma, manteve-se agarrada aos chifres de seu futuro marido. Dentro em pouco chegaram ambos a ilha que o deus dos deuses anunciara. Tão logo teve os pés postos sobre o chão outra vez, Europa viu o touro branco assumir a forma esplendorosa de Zeus. Impaciente, o deus supremo carregou-a para dentro da ilha, enquanto Europa ainda tentava ensaiar alguma reação. Das núpcias deste casal surgiriam três lindos filhos, dentre os quais Minos, futuro rei de Creta.

A HISTORIA MITOLOGICA DE ATLAS

sábado, 14 de janeiro de 2012


IMAGEM DA TERRA COM A LUA EM SUA ÓRBITA
TERRA O NOSSO PLANETA
Terceiro planeta a partir do Sol e quinto em tamanho dos nove que compõem o Sistema Solar.
6 586 242 500 000 000 000 000 toneladas é o peso da Terra. Isto é: seis sextilhões, 586 quintilhões, 242 quatrilhões e 500 trilhões de toneladas. Seu volume é de 1 083 319 780 000 quilômetros cúbicos. Para saber o que isso significa, basta imaginar um trilhão e 83 bilhões e ainda 319 milhões e 780 mil cubos justapostos, um junto ao outro, e cada um deles com um quilômetro de altura e de comprimento. Muitas cidades caberiam inteirinhas dentro de cada cubo de tais dimensões, e ainda sobraria espaço.
A distância média da Terra ao Sol é de 149.503.000 km. É o único planeta conhecido que tem vida.


NA  MITOLOGIA
São muitos - e variados - os detalhes sobre a lenda de Atlas, ou Atlante. Segundo Hesíodo, poeta grego que viveu provavelmente no século 7 a.C. e escreveu a Teogonia, uma coletânea das lendas mais antigas sobre o nascimento e os feitos dos deuses, o titã Atlas, de tamanho maior que qualquer mortal, pertencia à geração divina dos seres desproporcionados, violentos, monstruosos, encarnação das forças selvagens da natureza nascente, dos cataclismos iniciais com que a terra se arrumava para poder receber os humanos.
Filho de Jápeto e da oceânida Climene, neto de Urano, sobrinho de Saturno e irmão de Prometeu e Epimeteu, ele lutou ao lado os Gigantes contra a rebelião dos deuses olímpicos liderada por Zeus (Júpiter), razão pela qual, após a derrota das forças que apoiava, foi condenado por sua cumplicidade a sustentar nos ombros a abóbada celeste.
            Diz-se que Atlas era o pai de Electra, Celeno, Taigete, Maia, Mérope, Asterope e Dríope, as sete Plêiades que, cansadas de serem perseguidas pelo caçador Órion, pediram a Zeus que as transformasse em uma constelação; e também das Hiades, nascidas de sua união com Etra, transformadas em estrelas pela compaixão dos deuses sensibilizados pela dor que elas sentiram ao perder o irmão Hias, estraçalhado por uma leoa; e ainda, segundo algumas versões, de Egle, Erítia e Hipera, as Hespérides porque nascidas de Hesperis, ou a Noite, que cuidavam das árvores dos pomos de ouro postas sob a guarda de Ladon, um dragão de cem cabeças.
Ocorreu que durante a realização do décimo primeiro de seus trabalhos, Hércules, ou Heracles, se aproximou de Atlas para poder pegar as maçãs douradas que nasciam da árvore no Jardim das Hésperides. O titã Prometeu o havia avisado de que o herói não deveria colher as frutas, mas deixar que isso fosse feito pelo outro, e assim, seguindo as instruções recebidas, Hércules suportou os pilares do céu enquanto Atlas recolhia as maçãs desejadas. Aliviado do peso descomunal que sustentava por castigo divino, o titã penalizado não pareceu disposto a retomar o seu posto, e disse então que ele mesmo entregaria as maçãs a Eurystheus. Mas percebendo qual era o verdadeiro intento do gigante, Hércules pediu-lhe que segurasse o céu por um momento, apenas, para que pudesse colocar um suporte sobre ombros a fim de aliviar a pressão do enorme peso. E quando Atlas voltou a ter sobre si a imensa carga, o semideus aproveitou o momento para pegar as maçãs e ir-se embora, devolvendo a Atlas a penosa e cansativa tarefa de suportar o peso dos céus.
Outra versão sobre a lenda de Atlas diz que quando Perseu retornava para a ilha de Seriphus, levando consigo a cabeça da Medusa, percebeu que a noite se aproximava rapidamente, e como não queria ser apanhado pela escuridão em terra desconhecida, solicitou a hospitalidade de Atlas, que mantinha o jardim das maçãs de ouro das Hespérides rodeado por grande muro e guardado por enorme serpente. Ali não era  permitida a entrada de nenhum estranho, e tal cuidado procurava impedir a realização da profecia - “Chegará o dia, Atlas, em que sua árvore será saqueada de seu ouro, e um filho de Zeus receberá a glória por haver tomado tal espólio”.
Por esse motivo ele negou-se a atender ao pedido de Perseu, ameaçando-o caso insistisse em ficar. Insultado, mas ciente de que não conseguiria enfrentar a força do titã, Perseu segurou a cabeça da Medusa diante dos olhos de Atlas, transformando-o no imenso bloco de pedra que passou a ser conhecido como Monte Atlas,  situado na hoje denominada “porta de entrada do Saara argelino”, a 750 metros de altitude e distante 400 quilômetros de Argel, capital da Argélia. Sobre essa passagem mitológica, versos dizem que "Sua barba e seus cabelos se transformaram em árvores. / Suas mãos e ombros se transformaram nos cumes das montanhas, / E o que havia sido sua cabeça era agora o topo mais alto da montanha / E todo o céu com suas incontáveis estrelas descansava sobre ele”.
Segundo outra das versões existentes, Atlas foi posteriormente libertado de seu fardo e tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). Além de dar nome às coletâneas de cartas geográficas, o vocábulo Atlas também identifica a primeira vértebra da coluna cervical, aquela sobre a qual se apóia a cabeça, uma clara referência ao local onde a criatura mitológica sustentava o gigantesco peso a que fora condenado suportar.

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE JÚPITER

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa e o quinto mais próximo do Sol. 
Possui menos de um milésimo da massa solar, mas 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto. É um planeta gasoso junto com Saturno, Urano e Neptuno. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupiterianos ou planetas jovianos. Júpiter é um dos quatro gigantes gasosos, isto é, não é composto primariamente de matéria sólida.
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O planeta também pode possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Por causa de sua rotação rápida, de cerca de dez horas, ele possui o formato de uma esfera oblata. Sua atmosfera é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do século XVII, com ventos de até 500 km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra.
Júpiter é observável a olho nu, com uma magnitude aparente máxima de -2,8, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus. Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia.

NA MITOLOGIA

Zeus, (Júpiter)  (em grego: Ζεύς, transl. Zeús, na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Além de sua herança obviamente indo-europeia, o clássico "amontoador de nuvens", como era conhecido, também tem certos traços iconográficos derivados de culturas do antigo Oriente Médio, como o cetro. Zeus frequentemente era mostrado pelos artistas gregos em uma de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio em sua mão direita, erguida, ou sentado, em pose majestosa.
Zeus Cronida, tempestuoso, era filho de Cronos (Saturno) e Reia, o mais novo de seus irmãos. Na maioria das tradições ele era casado com Hera - embora, no oráculo de Dodona, sua consorte seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teve uma filha, Afrodite. É conhecido por suas aventuras, que resultaram em muitos descendentes, entre deuses e herois, como Atena, Apolo e Artêmis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena, Minos e as Musas (com Mnemósine). Com Hera teria tido Ares, Hebe e Hefesto.
Seu equivalente na mitologia romana era Júpiter, e na mitologia etrusca era Tinia. Já se especulou sobre uma possível ligação com Indra, divindade da mitologia hindu que também tem um raio como arma.
Zeus sempre foi considerado um deus dos fenômenos naturais, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.
Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos. Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Poseidon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.
Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Poseidon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.

A MITOLOGIA DE PERSEU

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

IMAGENS DE ESTRELAS NASCENDO NA CONSTELAÇÃO DE PERSEU

O nascimento de uma estrela  na constelação de Perseus, a uma distância de mil anos-luz da Terra. Foto: NASA/JPL/Divulgação
Quando se olha para um céu estrelado, é difícil acreditar que aqueles astros se originaram há milhões e bilhões de anos a partir de nuvens escuras de poeira cósmica e que, um dia, eles simplesmente morrerão - ou até já podem ter morrido. É isso que nos conta a professora Thais Idiart, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, . "As melhores condições para se formar estrelas são encontradas nas chamadas nuvens escuras, que podem ser de gás, de poeira ou moleculares". O tamanho dessas nuvens é da ordem de centenas de anos-luz - o que significa alguns bilhões de quilômetros - e a temperatura no interior delas equivale a aproximadamente -260ºC. É a partir delas que se originam não apenas uma, mas várias estrelas. "Elas quase sempre se formam em grupos, raramente isoladas". 
O processo de formação desses astros pode levar algumas dezenas de milhões de anos. "O primeiro estágio se dá quando uma massa grande da nuvem começa a se contrair. Devido a instabilidades gravitacionais, ela pode se fragmentar em pedaços menores que, por sua vez, também podem colapsar e continuar a se dividir, formando, eventualmente, dezenas ou centenas de estrelas", explica a professora. À medida que começam a se contrair, esses fragmentos iniciam uma fase de aquecimento e passam a ser denominados proto-estrelas. "Quando a temperatura no centro deles alcança um valor alto suficiente para começar a reação de fusão nuclear, a contração para e a estrela nasce"
A  MITOLOGIA
Perseu era filho de uma mortal, Danae, e do grande deus Zeus, rei do Olimpo. O pai de Danae, o rei Acrísio, havia sido informado por um oráculo de que um dia seria morto por seu neto e, aterrorizado, aprisionou a filha e afastou todos os seus pretendentes. Mas Zeus era deus e desejava Danae: entrou na prisão disfarçado em chuva de ouro, e o resultado dessa união foi Perseu. Ao descobrir que, apesar de suas precauções, tinha um neto, Acrísio fechou Danae e o bebê numa arca de madeira e os lançou ao mar, na esperança de que se afogassem. 
Mas Zeus enviou ventos favoráveis, que sopraram mãe e filho pelo mar e os levaram suavemente à costa. A arca parou numa ilha, onde foi encontrada por um pescador. O rei que comandava a ilha recolheu Danae e Perseu e lhes deu abrigo. Perseu cresceu forte e corajoso e, quando sua mãe se afligiu com as indesejadas investidas amorosas do rei, o jovem aceitou o desafio que este lhe fez: o de lhe levar a cabeça da Medusa, uma das Górgonas. Perseu aceitou essa missão perigosa não porque ambicionasse alguma glória pessoal, mas porque amava a mãe e estava disposto a arriscar a vida para protegê-la. 
A Górgona Medusa era tão hedionda que quem olhasse seu rosto transformava-se em pedra. Perseu precisaria da ajuda dos deuses para vencê-la, e Zeus, seu pai, certificou-se de que essa assistência lhe fosse oferecida: Hades, o rei do mundo subterrâneo, emprestou-lhe um capacete que tornava invisível quem o usasse; Hermes, o Mensageiro Divino, deu-lhe sandálias aladas; e Atena lhe deu uma espada e um escudo. Perseu pôde fitar o reflexo da Medusa e, assim, decepou-lhe a cabeça, sem olhar diretamente para seu rosto medonho. 
Com a cabeça monstruosa seguramente escondida num saco, o herói voltou para casa. Na viagem, avistou uma bela donzela acorrentada a um rochedo à beira-mar, à espera da morte pelas mãos de um assustador monstro marinho. Perseu soube que ela se chamava Andrômeda e estava sendo sacrificada ao monstro porque sua mãe havia ofendido os deuses. Comovido por sua aflição e sua beleza, o herói apaixonou-se por ela e a libertou, transformando o monstro marinho em pedra com a cabeça da Medusa. Em seguida, levou Andrômeda para conhecer sua mãe, que, na ausência dele, tinha sido tão atormentada pelas investidas do rei depravado que, desesperada, tinha ido se refugiar no templo de Atena. 
Mais uma vez, Perseu ergueu bem alto a cabeça da Medusa e transformou em pedra os inimigos da mãe. Depois, entregou a cabeça a Atena, que a incrustou em seu escudo, onde ela se tornou o emblema da deusa para sempre. Perseu também devolveu os outros presentes aos deuses que os haviam oferecido. Daí em diante, ele e Andrômeda viveram em paz e harmonia e tiveram muitos filhos. Sua única tristeza foi que, um dia, ao participar dos jogos atléticos, ele arremessou um disco que foi levado a uma distância excepcional por uma rajada de vento. O disco atingiu e matou acidentalmente um velho. Tratava-se de Acrísio, o avô de Perseu, e com isso, finalmente, cumpriu-se oráculo do qual um dia o velho tentara se livrar. 
Mas Perseu não tinha um espírito rancoroso ou vingativo e, por causa dessa morte acidental, não quis governar o reino que era seu por direito. Em vez disso, trocou de reino com seu vizinho, o rei de Argos, e construiu para si uma poderosa cidade, Mecenas, onde viveu uma longa vida com sua família, com amor e honradez.

A MITOLOGIA DE SATURNO

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Saturno é o sexto planeta do Sistema Solar, com uma órbita localizada entre as órbitas de Júpiter e Urano. É o segundo maior planeta, após Júpiter, sendo um dos planetas gasosos do Sistema Solar, porém o de menor densidade, tanto que se existisse um oceano grande o bastante, Saturno flutuaria nele. Seu aspecto mais característico é seu brilhante sistema de anéis, o único visível da Terra. Seu nome provém do deus romano Saturno. Faz parte dos denominados planetas exteriores.
Saturno é um planeta gasoso, principalmente composto de hidrogênio (97%), com uma pequena proporção de hélio e outros elementos. Seu interior consiste de um pequeno núcleo rochoso e gelo, cercado por uma espessa camada de hidrogênio metálico e uma camada externa de gasesA atmosfera externa tem uma aparência suave, embora a velocidade do vento em Saturno possa chegar a 1.800 km/h, significativamente tão rápido como os de Júpiter, mas não tão rápidos como os de Netuno. Saturno tem um campo magnético planetário intermediário entre as forças da Terra e o poderoso campo ao redor de Júpiter.
NA MITOLOGIA

Saturno (Cronos para os gregos) é um titã, uma aberração na forma para os conceitos Uranianos de seu progenitor.Urano (o firmamento, o céu, a perfeição) ao ver seus filhos esquisitos, alguns com cinquenta cabeças e cem braços (os centímanos), os empurrava de volta ao ventre de sua mulher Gaia (Cibele, a Terra). Revoltada com essa tirania de seu esposo ela conclama seus filhos a se rebelar.
O único que aceita é o caçula Saturno, que munido de uma foice castra seu pai no último momento antes da penetração em Gaia. Do sangue jorrado e caído na terra nascem as Erínias (ou Fúrias), deusas da vingança, do remorso e da cobrança de dívidas. Do sêmen do deus derramado nas ondas do mar nasce Vênus, a deusa do amor e da harmonia.
Esse arquétipo já demonstra uma forte dualidade, de um ato de extrema violência nasce tanto as Erínias em sua sede de justiça como também a harmonia venusiana. Saturno depois do ato retira Urano do poder e tem um governo de justiça e equidade por mil anos, a chamada idade do ouro.O governo de Saturno e seu poder tinham de ser mantidos mesmo que à custa de atitudes despóticas. Para isso e temendo que um de seus filhos o destronasse, após cada parto de Reia, a esposa do deus, ele devorava seus filhos. Assim, moraram no ventre prisão de Saturno: Hestia (Vesta), Deméter (Ceres), Hera (Juno), Hades (Plutão) e Poseidon (Netuno). Inconformada com a situação, Reia engana seu esposo, ajudada pela mesma Gaia, sua sogra, também inconformada com a atitude do filho, dando a ele uma pedra envolta em cueiros para ser devorada, ele o faz sem perceber o engano.
Júpiter (Zeus) é salvo da injustiça de seu pai Saturno e cresce saudável numa caverna do monte Dicte, na ilha de Creta. Amamentado pela dócil cabra Amalteia, na idade adulta penetra no palácio do pai, dá-lhe uma beberagem que o faz vomitar seus irmãos. Esses com Júpiter fazem uma guerra de dez anos e exilam o pai no Tártaro nevoento, trazendo uma nova era com o comando do líder Júpiter.
Em toda a “Teogonia” de Hesíodo, o autor grego chama o deus do tempo de “o Cronos de curvo pensar”. A idade do ouro não ajudou a fama de Saturno, deus que era bastante esquecido na hora de receber oferendas das pessoas. Era somente lembrado nas saturnais (possível princípio de nosso carnaval), festa que marcava a entrada de Saturno em Capricórnio e época em que as pessoas saiam à rua festejando e cantando e que todas as hierarquias eram abolidas, os escravos eram servidos pelos seus donos, uma imagem bastante aquariana e ligada à idade do ouro, onde todos eram felizes e iguais entre si.
Adão também é um mito de Saturno, a sua desobediência causa uma queda irreparável. Saturno é o limite entre a ilusão e a realidade, Adão ao cair na ilusão de comer a fruta, tentado por Eva, se separa de todos os benefícios do Paraíso e é entregue aos grilhões da matéria. Em Os Trabalhos e os Dias do mesmo Hesíodo, o homem é castigado pela necessidade de se sustentar.
Zeus antes de se casar com Hera, fora casado com Métis (a esperteza), ao saber que sua primeira esposa estava grávida e temendo que seu filho herdasse a esperteza da mãe, ao invés de imitar o pai devorando o filho, Júpiter (Zeus) devora a esposa grávida. Júpiter é aquele que tem a esperteza em si mesmo por tê-la devorado. A idade do ouro não acaba com a queda de Saturno, ela continua até o aparecimento de Prometeu. Júpiter dava o fogo aos homens na forma do raio.
Na idade do ouro ninguém precisava trabalhar, não havia dor ou sofrimento e só havia homens na Terra, eles brotavam do ventre da própria Terra e sua morte era sem dor durante o sono.
Prometeu (aquele que compreende antes), personagem simultaneamente de características humanas e divinas, o líder dos homens, dá a Zeus a primeira oferenda para agradá-lo, só que lhe oferta uma oferenda falsa. Ofendido, o deus dos deuses retira o dom de seus raios e os homens ficam sem o calor do fogo.
Prometeu, metade titã e por isso imortal, também possuía a métis (esperteza), só que em menor grau que Zeus e de forma distorcida, ele tenta enganar quem dava tudo a seus liderados, os homens e faz a ofensa final, rouba o fogo de Zeus e o dá aos homens. Humilhado Zeus manda fabricar uma mulher, Pandora.
Para isso chama seu melhor artesão, o deus Hefestos (Vulcano) e manda que esculpa um rosto e corpo de beleza indescritível. Depois de pronta, Pandora é educada primeiramente pela deusa Atena (Minerva) que ensina os trabalhos de linha e agulha, as artes e a educação. Depois de educada nessas artes, Afrodite (Vênus) lhe ensina as artes sexuais, a sedução e os caprichos femininos.
Por fim Hermes, a mando de Zeus, ensina a Pandora a mentira, a dissimulação, o engano e o roubo. Incute na mente da mulher o cérebro de cão e Zeus batiza-a de Pandora (aquela que leva tudo).
Pandora é mandada a terra com um jarro que jamais deveria ser aberto (Zeus sabia que ela não aguentaria a curiosidade e por isso ordenou que não o abrisse) sendo oferecida de presente ao irmão de Prometeu, Epimeteu (aquele que compreende depois). Pandora abre o jarro (ou caixa dependendo da versão) e espalha todos os males pelo planeta somente sobrando dentro dele a esperança.
Seduz Epimeteu e traz a sexualidade a terra, os homens encontrariam a satisfação plena apenas no encontro sexual sendo que antes ela havia no ato de existir.
A separação entre homens e deuses se dá pela introdução por Zeus do ato sexual entre homens e mulheres, antes privilégio dos deuses. Prometeu roubou o fogo, mas não roubou o seu segredo. As pessoas precisariam trabalhar para gerar o fogo, antes elemento gratuito.
Os alimentos que havia em abundância e as árvores se curvavam para que os frutos de seus galhos chegassem às mãos dos homens sem esforço na idade do ouro, precisariam agora ser plantados e colhidos.
As comidas sempre prontas agora precisavam ser preparadas e cozidas. Favores dos deuses seriam depois da separação obtidos somente por oferendas.
Prometeu deu um enorme golpe em Zeus, antes o chefe e controlador dos homens, que tem reduzido esse poder e passa a controlar só os deuses. Se Zeus perdeu poder, os homens também perderam, uma vez que teriam que prover o sustento de seus corpos pelo trabalho diário e extenuante.
Saturno é ligado a essa ideia de trabalho, de labuta, esforço, dureza, necessidade. O trabalho como castigo divino pela desobediência humana.

A MITOLOGIA ASTORONÔMICA DE CENTAURO

terça-feira, 10 de janeiro de 2012



A constelação de Centauro é uma das maiores constelações do hemisfério celestial sul  com um asterisma claramente visível. Os pés desta constelação são formados por duas estrelas brilhantes: Alpha e Beta Centauri, também conhecidas pelos nomes árabes de Wazn e Hadar. Alpha Centauri é melhor conhecida como "Rigil Kentaurus", ou como o pé de Centauro. É um sistema triplo, como três estrelas que são as mais próximas do Sol.
Alpha1 e Alpha2 formam um binário. Ficam a 4393 anos-luz e são aproximadamente do tamanho do Sol. A estrela mais próxima do Sistema Solar é na realidade Alphac, conhecida como Proxima Centauri. É uma anã-vermelha com uma magnitude visual de 11,01 e uma distância de 4221 anos-luz. Esta estrela possui um diâmetro de 65000 km, cinco vezes o tamanho da Terra. Fica a uma grande distância das outras duas e o período orbital estima-se em centenas de milhares de anos.
As constelações vizinhas são Hydra, Antlia, Vela, Carina, Musca, Circinus e Lupus.
A história desta constelação encontra-se associada aos trabalhos de Hércules. Os centauros eram metade homens, metade cavalos, que descendiam de Ixior (nuvem formada por Zeus). Estes aparecem frequentemente na mitologia grega.


A  HISTÓRIA

Os centauros eram seres fantásticos, meio homens, meio cavalos, que habitavam as regiões próximas às montanhas e às florestas. Eles reuniam em si as características racionais dos seres humanos e as paixões inferiores, mas também alguns valores importantes dos cavalos, do ponto de vista da mitologia grega.
Dizem as lendas que seu ancestral era Ixion, soberano dos lápitas, que viviam nas redondezas dos montes Pélion e Ossa, na Tessália. Eles eram socializados, mas eventualmente revelavam-se indomáveis e muito violentos. Ixion, o primeiro homem a liquidar um familiar, pertencia à linhagem de Peneu, o deus-rio, mas também podia ser integrante de outro ramo genealógico, o de Sísifo, de acordo com outra tradição cultural.
Conta-se que Ixion foi condenado por crimes terríveis e perdoado por Zeus em um momento de extremo bom-humor. Acolhido no reino dos deuses, o criminoso revelou sua mais completa ingratidão ao cortejar Hera, esposa de seu benfeitor. Ainda em seus melhores momentos, o deus dos deuses gera uma nuvem com o formato da deusa, confere-lhe a existência e se distrai vendo seu rival desonrar a falsa Hera. Mas Ixion vai além e se orgulha diante de todos por ter alcançado seus objetivos escusos com a companheira de Zeus. É quando o condescendente deus esgota sua capacidade de tolerância e atira o infeliz no Hades – o qual corresponde ao inferno na visão mitológica -, fixo em uma roda que para sempre arderia em chamas.
Desta ligação entre Ixion e a suposta Hera foi concebido um ser misto, meio homem e meio cavalo, o qual foi batizado como Centauro ou Kentauros, que depois daria origem a uma descendência assim caracterizada. Destes seres, apenas Quíron e Folo fogem ao estereótipo colérico de seus semelhantes. O primeiro foi fruto da união entre Cronos e Filira, filha do Oceano; o segundo provinha do relacionamento entre Sileno e a ninfa Melos. Portanto, nenhum dos dois era descendente de Ixion, resguardando-se assim de sua truculência.
Quiron foi celebrizado pela sua dedicação à arte de curar. Ele era extremamente devotado à Humanidade, à prática do bem e da justiça. Alguns estudiosos afirmam que sua mãe se desgostou tanto por ter produzido uma criatura aparentemente monstruosa, que teria implorado aos deuses que a mantivessem à distância dessa provação, sendo assim convertida em tília, uma árvore que produz folhas e flores medicinais. Outros insistem que a figura materna teria permanecido ao lado de seu filho em uma caverna, assessorando-o na formação de diversos jovens guerreiros.
Ao crescer, Quiron teria acompanhado a deusa Diana em suas aventuras de caça. Assim ele teria conquistado o domínio de várias disciplinas, entre elas a botânica, astronomia, medicina e cirurgia. Ele se tornaria hábil na Medicina, transferindo depois suas técnicas a vários heróis gregos. Amigo de Hércules, ele foi acidentalmente atingido pelo companheiro, o que gerou um ferimento incurável. Desesperado com a dor, ele implora para se tornar um mortal, presenteando Prometeu com sua imortalidade. Mas é imortalizado de outra maneira, pois Zeus, em sua homenagem, o representa na esfera celestial com a Constelação de Sagitário.
Outro centauro morto sem querer por Hércules foi Folo, seu grande amigo. Ao receber uma visita do herói, ele se alegra tanto que decide abrir uma garrafa de vinho para comemorar. Outros centauros, atraídos pelo aroma da bebida, invadem a casa onde eles se encontram e são alvejados pelo guerreiro que, em sua ânsia de vencê-los, acerta acidentalmente Folo, que não resiste e morre.
Os centauros são conhecidos também por sua famosa participação no confronto com os Lápitas. O monarca de Pisa, Enomau, teria convidado alguns destes seres para o matrimônio de sua filha, a quem o pai destinara ao adversário que o vencesse em uma corrida de carros. Após eliminar vários de seus rivais, ele foi enganado por Piritos, que finalmente derrotou o sogro depois de Mirtilo, o cocheiro, ter arruinado as rodas do carro do rei.
Durante a festa, o centauro Erítion bebe em demasia, tenta violar a noiva, no que é imitado por seus companheiros, dando início a uma terrível luta contra os homens. Os centauros remanescentes fogem então da Tessália. Muitos escritores da Antiguidade narraram este episódio sob a forma de poesia épica; vários artistas o retrataram em obras de arte concebidas para adornar os templos gregos.

O MITO DA CONSTELAÇÃO CASSIOPÉIA

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012



Constelação Cassiopeia no canto esquerdo  da imagem próximo ao norte

Constelação Cassiopeia

Contrapondo-se a constelação Ursa Maior, do outro lado da estrela Polaris, que é um grande "W", que define facilmente reconhecível na Via Láctea, o 5 estrelas da constelação Cassiopeia.
As principais estrelas da constelação Cassiopeia é chamado Galpão (α Casos de magnitude 2,26 em nível 228,56).
As outras estrelas no constelações são Caph (β Cas magnitude 2,30-54,46 AL), γ Cas magnitude 2,17-613,08 AL), Rucnbach (δ Casos de magnitude de 2,68-99,41 AL), ε Casos de magnitude 3,84-334,18 AL.
Cassiopeia é uma das 88 constelações do céu, visível no hemisfério norte.
Ao contrário do Ursa Major sobre o Ursa Menor. O pico da central W pontos para o Estrela do Norte. Originalmente considerada por Ptolomeu na elaboração do seu Almagest, a constelação representa, na mitologia grega, a rainha Cassiopeia preso ao seu trono, a esposa de Cepheus e mãe de Andrômeda.
Estrelas Amplitude aparente
Distância (al)
Tsih (γ Cas) 2,17 613,08
Shedar (α Cas) 2,26 228,56
Caph (β Cas) 2,30 54,46
Ruchbah (δ Cas) 2,68 99,41
Segin (ε Cas) 3,37 442
Achird (η Cas) 3,48 19
ζ Cas 3,71 597
ε Cas 3,84 334,18

Muitas das cenas da mitologia encerram conceitos de moral que, de resto, é uma característica de todos os cultos religiosos. As antigas religiões de Roma e da Grécia enquadravam, nesse aspecto, a sabedoria e as atitudes que deveriam reinar entre os mortais da Terra.
A história mitológica de Cassiopeia (que podemos admirar como uma bela constelação situada na parte norte do céu nocturno, no fino e denso aglomerado de estrelas da Via Láctea), está intimamente ligada a Andrómeda. No céu, é fácil distinguir as suas mais importantes cinco estrelas em forma de .W.
Cassiopeia, a que os Persas chamavam Shuter, era muito bela e era esposa do rei Cefeu, da Etiópia. O desmedido orgulho pela sua beleza tomava-a arrogante a ponto de apregoar ser mais bela do que as ninfas do oceano, as Nereides. Esta presunção irritou as ninfas, que eram filhas de um dos senhores dos oceanos, Nereu. Não é que as ninfas não estivessem cientes da sua superior beleza física, mas porque a rainha parecia não perceber que os seus atributos de beleza não poderiam ser considerada uma virtude em si, porque apenas tinham nascido consigo e não tinham sido fruto dum esforço pessoal conseguido. Cassiopeia devia apenas agradecer a sua sorte; e não vangloriar-se dela. Assim, por considerarem que o comportamento da rainha denotava um deplorável desvio de valores, pediram ao rei que governava os oceanos, Posidon (Neptuno), para castigar Cassiopeia. Considerando justa a pretensão das Nereides, Posidon ordenou ao gigantesco monstro marinho, a Baleia, que destruísse o reino da Etiópia. Quando os respectivos soberanos foram informados da decisão, dirigiram-se a um sábio oráculo do reino para lhe pedirem conselho, como era usual, na época. A resposta foi que deveriam sacrificar a sua filha, para apaziguarem os deuses marinhos. Compreensivelmente desagradados, com os corações despedaçados  pela sorte da sua querida filha, amarraram Andrómeda a um rochedo virado para o mar, sabendo que a Baleia viria destruí-la. Mas Posídon entendia que Cassiopeia devia ser castigada. Por isso a colocou numa posição em que ficasse eternamente condenada a girar em volta do pólo, metade do tempo voltada para cima e outra metade virada para baixo.
Esta é, a história fantástica com a proximidade das constelações de Perseu, de  Andrómeda  e da Baleia, permite-nos, melhor localizá-las, a todas elas. Tem especial interesse a localização da constelação de Andrómeda, pois que é aí que se encontra a galáxia  do mesmo nome, que pertence ao chamado Grupo Local e que é a mais próxima da nossa.
As duas estrelas mais importantes da constelação são a alfa Cas, Shedar, uma estrela  gigante laranja, muito luminosa, a uns 230 anos luz de nós e a beta Cas, a 42 anos-luz, uma estrela branca, conhecida por Kaff, ou Al Sanam al Nakah, segundo os árabes, que vêm na constelação a bossa dum camelo.
Deveremos ainda a registar a presença, na constelação, da extraordinária estrela gigante azul, gama Cas, a 780 a. l., uma variável com uma espécie de uma concha ou envelope de  gás que regularmente expele para o espaço e que oscila entre as magnitudes 3,6 e 1,6, a epsilon Cas, uma belíssima dupla, que se pode destrinçar por intermédio de pequenos binóculos, composta por uma estrela amarela e outra vermelha.
Além das muitas outras estrelas que se encontram dentro do espaço da constelação, há a considerar os seguintes cúmulos de estrelas:
1 - o M 52 (NGC 7654), a 3. 800 a anos- luz, com cerca de 120 estrelas, visível aos binóculos.
2 - o distante cúmulo NGC 663 a 2.600 a.l., com cerca de 80 estrelas, visível com uns bons binóculos.
3 - o M 103 (NGC 581), a 3800 a.l., com 60 estrelas, em forma de losango.
4 - NGC 457, que pode ser visto ao lado da estrela supergigante fi de Cassiopeia, de magnitude 5.0.

A HISTÓRIA DE PLUTÃO

domingo, 8 de janeiro de 2012


Plutão leva 248 anos para completar uma órbita. Suas características orbitais são bastante diferentes das dos planetas, que seguem uma órbita quase circular ao redor do Sol próximo a um plano horizontal chamado eclíptica. Em contraste, a órbita de Plutão é altamente inclinada em relação à eclíptica (mais de 17°) e excêntrica. Devido a essa excentricidade, uma pequena parte da órbita de Plutão está mais próxima do Sol do que a de Netuno. A última vez que Plutão ficou mais próximo do Sol do que Netuno foi entre 7 de fevereiro de 1979 e 11 de fevereiro de 1999. Cálculos precisos indicam que a vez anterior que isso aconteceu durou apenas 14 anos, entre 11 de julho de 1735 e 15 de setembro de 1749, enquanto que de 30 de abril de 1483 a 23 de julho de 1503 também durou 20 anos. Apesar de esse padrão repetitivo sugerir uma órbita regular, a órbita de Plutão é, a longo prazo, caótica.
Atualmente Plutão está a 32,08 UA do Sol.
Plutão, formalmente designado 134340 Plutão, é um planeta anão do Sistema Solar e o décimo objeto mais massivo observado diretamente orbitando o Sol. Originalmente classificado como um planeta, Plutão é atualmente o maior membro do cinturão de Kuiper
Como outros membros do cinturão de Kuiper, Plutão é composto primariamente de rocha e gelo e é relativamente pequeno, com aproximadamente um quinto da massa da Lua e um terço de seu volume. Ele tem uma órbita altamente inclinada e excêntrica que o leva de 30 a 49 UA do Sol. Isso faz Plutão ficar periodicamente mais perto do Sol do que Netuno (Neptuno). Atualmente Plutão está a 32,08 UA do Sol.
Até 2006, Plutão foi considerado o nono planeta do Sistema Solar. No final da década de 1970, com a descoberta de 2060 Chiron e o reconhecimento da sua pequena massa, sua classificação como um planeta começou a ser questionada. No início do século XXI, vários outros objetos similares a Plutão foram descobertos no Sistema Solar externo, incluindo Éris, que é 27% mais massivo do que ele. Em 24 de agosto de 2006, a

 União Astronômica Internacional (UAI) criou uma definição de planeta formal, que fez Plutão deixar de ser planeta e ganhar a nova classificação de planeta anão, juntamente com Éris e Ceres. Depois da reclassificação, Plutão foi adicionado à lista de corpos menores do Sistema Solar e recebeu a identificação 134340. Porém, há cientistas que afirmam que Plutão não deveria ser considerado planeta anão
Plutão e sua maior lua, Caronte, são às vezes considerados um planeta binário porque o baricentro de suas órbitas não se encontra em nenhum dos corpos. É possível que a UAI ainda faça uma definição de planeta binário, que provavelmente classificará Plutão e Caronte como um planeta anão binário. Plutão também tem três outras luas menores, Nix e Hidra, descobertas em 2005, e S/2011 (134340) 1, descoberta em Julho de 2011

A HISTÓRIA


NA MITOLOGIA PLUTÃO  Recebeu o reino das Trevas e da Morte. Encerrado em seu palácio infernal, envia aos campos de batalha as Queres (filhas da noite), que enterram as unhas dos guerreiros feridos e os conduzem para o Tártaro. As almas descem até o rio Estige, que atravessam numa barca conduzida por Caronte; este barqueiro cobrava de cada alma um êmbolo (moeda) para as levar ao reino das trevas. O nome deste Deus está relacionado a Plutão devido ao planeta estar tão longe do Sol, e em perpétua escuridão. Alguns dizem que ele recebeu este nome porque "PL" são as iniciais do nome do descobridor do planeta, Percival Lowell. Por causa de sua fealdade ou da dureza de sua fisionomia, por causa sobretudo da tristeza do seu império, nenhuma deusa consentiu em associar-se à sua coroa. Foi por isso que resolveu raptar Prosérpina e fazê-la sua esposa. Não teve nenhum filho.

A MITOLOGIA ASTRONÔMICA DE ANDÔMEDA

sábado, 7 de janeiro de 2012

NGC 224, Messier 31 ou M31, popularmente conhecida como Galáxia de Andrômeda, é uma galáxia espiral localizada a cerca de 2 900 000 anos-luz (0,889 megaparsecs) de distância da Terra, na direção da constelação de Andrômeda.
Possui entre 180 e 220 mil anos-luz de diâmetro, uma magnitude aparente de 3,5, uma magnitude absoluta de -21,4, uma declinação de +41º 16' 06" e uma ascensão reta de 00 horas, 42 minutos e 44,3 segundos. É a maior galáxia do Grupo Local de galáxias, ao qual pertence a Via Láctea, onde se localiza o planeta Terra, superada apenas pelas Nuvens de Magalhães em extensão e brilho aparente.
A existência da galáxia NGC 224 foi relatada no ano 905 pelo astrônomo persa Azofi, contudo foi só com a invenção da luneta telescópica que em 1612 o astrônomo alemão Simon Marius pôde observá-la e finalmente "redescobri-la".
Estudiosos e cientistas conseguiram prever, através de uma série de cálculos, que a nossa Via Láctea e Andrômeda estão se aproximando e colidirão. Teoricamente, o encontro aconteceria em cerca de 5 bilhões de anos, que é o período aproximado do fim do nosso Sol, nesta época, talvez, a vida na Terra nem exista mais da forma como a conhecemos.
Embora exista a possibilidade, os danos que tal colisão causaria são mínimos, e isso se deve ao fato dos espaços entre os astros serem muito grandes, reduzindo drasticamente a chance de colisões, o que também explica o fato de o sistema solar raramente entrar em contato com algum outro corpo celeste ao passar pelas nuvens mais densas da Via Láctea.

Constelação Andromeda
Tipo SA(s)b espiral barrada
Asc. reta 00h 42m 44,3s
Declinação +41° 16' 09"
Distância 2,52 M anos-luz (773 kpc)
Redshift -0.001001
Magnit. apar. +4.36
Dimensões 178' × 63'
Características físicas
Raio 110 mil anos-luz
Magnit. abs. −20.0
Satélites M32, M110
Outras denominações
M31, NGC 224, PGC 2557, UGC 454,
MCG 7-2-16
História
Na Mitologia grega, Andrômeda era o nome da filha de Cefeu e Cassiopeia, Rei e Rainha do reino fenício da Etiópia.

Sua mãe Cassiopeia uma vez disse que ela era mais bonita que as Nereidas, Ninfas filhas do deus Nereu, que geralmente é visto acompanhando Poseidon. Para punir a rainha pela sua arrogância, Poseidon irmão de Zeus e deus do Mar, enviou um monstro marinho, Cetus, para atacar a costa da Etiópia e o reino da rainha vaidosa. O rei desesperado consultou Ammon, o oráculo de Zeus, que anunciou que não haveria paz enquanto o Rei não sacrificasse a sua filha virgem Andrômeda para o monstro. O rei não teve outra escolha a não ser sacrificar a filha, e Andrômeda foi acorrentada em um rochedo para que ela fosse devorada.
Perseu, retornando após ter assassinado a górgona Medusa, encontra Andrômeda e mata o monstro Cetus. Libertou-a, e se casou com ela, apesar de Andrômeda tendo sido prometida anteriormente a Phineus. No casamento, ocorreu uma desavença entre os rivais e Phineus foi transformado em pedra por ter visto a cabeça da Górgona Medusa.
Andrômeda seguiu o marido para Tirinto, em Argos, e juntos eles se tornaram os ancestrais da família Perseida através da linha de seu filho Perses. Perseus e Andrômeda tiveram seis filhos: Perseides, Perses, Alceu de Mitilene, Heleus, Mestor, Estênelo, e Electrião, e uma filha, Gorgófona. Os seus descendentes governaram Micenas, do baixo electrião até Euristeu. De acordo com a mitologia, Perses é o antepassado dos persas.
Após sua morte, ela foi colocada por Atena entre as constelações no céu do norte, perto de Perseu e Cassiopeia. Sófocles e Eurípides (e, em tempos mais modernos Corneille) descrevem a história como uma tragédia. A história está representada em numerosas obras de arte antiga.

MITOLOGIA DA CONSTELAÇÃO DE HÉRCULES

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Hércules é a quinta maior das 88 constelações modernas. Era também uma das 48 constelações de Ptolomeu. Foi nomeada em homenagem a Hércules, um antigo herói  grego.
Hércules não possui nenhuma estrela de primeira magnitude
Mu Hércules está a 27.4 anos-luz da Terra. O Apex Solar, isto é, o ponto no céu que marca a direção para onde o Sol está se movendo em sua órbita ao redor do centro da Via Láctea está localizado em Hércules, perto de Vega, nas vizinhaças da constelação de Lyra.
Hércules possui dois notáveis aglomerados globulares: M13, o aglomerado globular mais brilhante no hemisfério norte, e M92.


IMAGEM ILUSTRADA MOSTRA PASSAGEM DO COMETA
GARRADD  NA CONSTELAÇÃO DE HÉRCULES

Hércules foi um grande herói da Mitologia Grega. Filho de Zeus (deus dos deuses) e da mortal Alcmena, que era esposa de Anfitrião.
Segundo o mito, aproveitando o fato de Anfitrião estar ausente, em batalha, Zeus se caracterizou como ele, e se fez passar pelo mesmo. Ao retornar da batalha, Anfitrião descobriu a traição, e, irado construiu uma grande fogueira para queimar Alcmena viva. Zeus então, mandou nuvens de chuva para apagar o fogo, o que acabou fazendo com que Anfitrião aceitasse a situação. Hércules, portanto, nasceu do encontro de Zeus e Alcmena.
A deusa Hera, esposa de Zeus, enciumada pela traição, enviou duas serpentes para matar Hércules ainda no berço. Não teve exito, pois ainda bebê, Hércules estrangulou as serpentes com as próprias mãos.
Quando adulto, Hera provocou em Hércules um ataque de fúria, que o levou a matar sua esposa Mégara e seus três filhos. Como punição pelo crime, o oráculo de Delfos o incumbiu de doze tarefas de extremo risco. Essas tarefas são chamadas de “Os doze trabalhos de Hércules”. São eles:
1 Matar o leão de Neméia – Hércules o estrangulou.
2 Destruir um monstro de sete cabeças que cuspia fogo – o monstro era a hidra de Lerna, que Hércules matou.
3 Capturar a corça de Gerínia – Hércules a capturou viva, sendo que ela tinha chifres de ouro e pés de bronze.
4 Acabar com um javali selvagem gigantesco – Hércules capturou vivo o javali de Erimanto.
5 Limpar em um só dia o curral do rei Augeasos – Hércules limpou o estábulo que já não havia sido limpo nos últimos trinta anos, e no qual havia três mil bois.
6 Acabar com as aves do lago Estinfale – Hércules matou as aves antropófagas dos pântanos com flechas envenenadas.
7 Capturar um touro louco na ilha de Creta – Hércules capturou o touro vivo, apesar do mesmo lançar chamas pelas narinas.
8 Eliminar as éguas do rei Trácia – Hércules capturou as éguas antropófagas de Diomedes, domando-as.
9 Roubar o cinto de ouro da rainha Hipólita – Hércules conseguiu, após longas batalhas, obter o cinturão de Hipólita, rainha das guerreiras amazonas.
10 Capturar os bois selvagens de Gerião, da ilha de Eritéia – Hércules capturou o rebanho de bois vermelhos, após ter matado Gerião, que tinha três corpos.
11 Roubar as maçãs douradas das ninfas no jardim das Espérides – Hércules recuperou as três maçãs de ouro do jardim, por intermédio de Atlas.
12 Capturar o cão de três cabeças Cérbero, guardião dos portões do inferno – Hércules capturou o cão, que além das três cabeças, tinha cauda de dragão e pescoço de serpente.
Ao realizar as doze tarefas, além de se redimir pela morte de sua esposa e de seus filhos, Hércules conquistou a imortalidade.Casou-se com Dejanira, que sem querer lhe causou a morte. Na condição de imortal, Hércules foi transportado para o Olimpo, onde se casou com a deusa da juventude, Hebe.

A MITOLOGIA DE MERCÚRIO

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Mercurio é o menor e o mais interno planeta do Sistema solar, demorando 87,969 dias terrestres a completar uma volta em torno do Sol.
 A órbita de Mercúrio tem a maior excentricidade e a menor inclinação axial de todo o sistema solar, completando três rotações sobre seu eixo a cada duas órbitas.A sua aparência é brilhante quando observado da Terra. Uma vez que Mercúrio normalmente se perde no intenso brilho solar, excepto em eclipses solares, só pode ser observado a olho nu durante a manhã ou crepúsculo vespertino.
 Comparado com outros planetas, pouco se sabe a respeito de Mercúrio, pois os telescópios em solo terrestre revelam apenas uma crescente iluminada com detalhes limitados. As duas primeiras naves espaciais a explorar o planeta foram a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a Messenger, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008. Um sobrevoo final estava agendado para 2011, que  irá mapear todo o planeta.




IMAGEM DO PLANETA MERCÚRIO ORBITANDO O SOL

Mercúrio (Hermes)

Mercúrio era filho de Júpiter e de Maia, filha de Atlas. Os gregos chamavam-no Hermes, isto é, intérprete ou mensageiro. Seu nome latino vinha da palavra Merces, mercadoria. Mensageiro dos deuses e particularmente de Júpiter, ele os servia com um zelo infatigável e sem escrúpulo, mesmo nos empregos pouco honestos. Participava de todos os negócios, como ministro ou servidor. Ocupava-se da paz e da guerra, das querelas e dos amores dos deuses, do interior do Olimpo, dos interesses gerais do mundo, no céu, assim como na terra e nos Infernos. Encarregava-se de fornecer e servir ambrosia à mesa dos Imortais, presidia aos jogos, às assembléias, escutava os discursos e respondia, ou por si ou de acordo com as ordens recebidas. Conduzia ao Inferno as almas dos mortos com a sua vareta divina ou o seu caduceu; algumas vezes reconduzia-as à terra. Ninguém morria antes que ele tivesse inteiramente rompido os laços que unem a alma ao corpo.
Deus da eloquência e da arte de bem falar, ele o era também dos viajantes, dos negociantes e mesmo dos ladrões. Embaixador plenipotenciário dos deuses, assistia aos tratados de aliança, sancionava-os, retificava-os, não era estranho às declarações de guerra entre as cidades e os povos. Dia e noite não cessava de vigiar atento e alerta. Em uma palavra, era o mais ocupado dos deuses e dos homens. Acompanhava e guardava Juno com toda perseverança, impedindo-a de urdir qualquer intriga. Era mandado por Júpiter para facilitar-lhe agradabilíssimas entradas entre os mortais, para transportar Castor e Pólux a Palem, para acompanhar o carro de Plutão raptando Prosérpina; atirava-se do alto do Olimpo e atravessava o espaço com a rapidez do raio. Foi a ele que os deuses confiaram a delicada missão de conduzir diante do pastor Páris as três deusas que se disputavam o prêmio da beleza.
Tantos empregos, tantas atribuições diversas concedidas a Mercúrio davam-lhe uma importância considerável no conselho dos deuses. Por outro lado os homens acrescentavam ainda as suas qualidades divinas, atribuindo-lhes mil talentos industriosos. Não somente contribuía para o desenvolvimento do comércio e das artes, como também se dizia que fora ele quem em primeiro lugar formara uma língua exata e regular, quem inventara os primeiros caracteres da escritura, quem regulara a harmonia das frases, quem pusera nome a uma infinidade de coisas, quem instituíra práticas religiosas, quem multiplicara e fortalecera as relações sociais, quem ensinara o dever aos esposos e aos membros da mesma família. Ensinara também aos homens a luta e a dança, e em geral todos os exercícios ao ar livre que necessitavam força e graça. Finalmente foi ele o inventor da lira, à qual deu três cordas, e que ficou sendo o instrumento de Apolo. As suas qualidades são contrabalançadas por defeitos. O seu gênio inquieto, a sua conduta dolosa suscitaram-lhe mais de uma questão com os outros deuses. Júpiter mesmo, esquecendo um dia todos os serviços desse dedicado servidor, expulsou-o do céu, reduziu-o a guarda de rebanhos na terra; foi no mesmo tempo em que Apolo foi ferido pela mesma desgraça.
Acusou-se Mercúrio de um grande número de ladroeiras. Ainda criança, esse deus dos negociantes e dos ladrões furtou o tridente de Netuno, as flechas de  Apolo, a espada de Marte e o cinto de Vênus. Roubou também os bois de Apolo; mas em virtude de uma convenção pacífica, trocou-os pela sua lira. Esses furtos, alegorias bastante transparentes, indicam que Mercúrio, sem dúvida personificação de um mortal ilustre, era ao mesmo tempo hábil navegador, provecto atirador de arco, valente na guerra, elegante e gracioso em todas as artes, negociante consumado, permutando o agradável pelo útil.
Tornou-se culpado de um assassinato para proteger os amores de Júpiter.


Argos, filho de Arestor, tinha cem olhos, dos quais cinqüenta ficavam abertos enquanto o sono adormecia os outros cinqüenta. Juno confiou-lhe a guarda de Io, mudada em vaca; Mercúrio, porém, adormeceu ao som de sua flauta esse guarda vigilante, e cortou-lhe a cabeça. Juno, desolada e iludida, tomou os olhos de Argos e os espalhou sobre a cauda do pavão. Outros contam que Argos foi por essa deusa metamorfoseado em pavão.
O culto de Mercúrio nada tinha de particular, senão que se lhe ofereciam as línguas das vítimas, emblema de sua eloquência. Pelo mesmo motivo ofereciam-lhe leite e mel. Imolavam-lhe vitelas e galos. Era especialmente venerado em Creta, país comercial, e em Cilene, na Élida, porque pensavam que tinha nascido no monte do mesmo nome, situado perto dessa cidade. Ele tinha também um oráculo em Acaie; depois de muitas cerimônias, falava-se na orelha do deus, para pedir o que se desejava. Em seguida saía-se do templo, com as orelhas tapadas com as mãos, e as primeiras palavras que se ouvissem eram a resposta de Mercúrio.
Em Roma os negociantes celebravam uma festa em honra sua, a 1.° de maio, dia em que lhe dedicaram um templo no circo. Sacrificavam uma porca prenha, e se aspergiam com a água de certa fonte à qual se atribuía uma virtude divina, rogando ao deus de proteger o seu comércio e de perdoar-lhes as pequenas velhacarias.
O "ex-voto" que os viajantes lhe ofertavam à volta de uma longa e penosa viagem, eram pés alados.
Como divindade tutelar, Mercúrio é geralmente representado com uma bolsa na mão. Em alguns monumentos é representado com uma bolsa na mão esquerda, e na direita uma ramo de oliveira e uma clava, símbolos, um de paz, útil ao comércio, o outro de força e de virtude, necessários ao tráfico. Como negociador dos deuses, traz na mão o caduceu, vareta mágica ou divina, emblema da paz. O caduceu é entrelaçado de duas serpentes, de sorte que a parte superior forma um arco; além disso é superado por duas extremidades de asas. O deus tem asas no seu gorro, e algumas vezes nos pés, para mostrar a ligeireza de seu andar e a rapidez com que executa as ordens.
Geralmente é descrito como um jovem, belo de rosto, de um talhe desenvolto, ora nu, ora com um manto nos ombros, que apenas o cobre.
Usa muito freqüentemente um chapéu chamado petaso, que tem asas. É raro representá-lo sentado. As suas diferentes ocupações no céu, na terra e nos Infernos, obrigavam-no a uma constante atividade. Em algumas pinturas vê-se o deus com metade do rosto clara e a outra metade negra e sombria: isso indica que ora está no céu ou na terra, ora nos Infernos, para onde conduz a alma dos mortos.
Quando o representavam com uma longa barba e cara de velho, davam-lhe um manto que lhe descia até os pés.
Dizem que Mercúrio é o pai do deus  Pã, fruto dos seus amores com Penélope. Penélope não foi a única mortal, nem a única deusa, honrada pelos seus favores; teve ainda como amantes, Acacalis, filha de Minos, Herse, filha de Cécrops, Eupolêmia, filha de Mirmidon, que lhe deu muitos filhos, Antianira, mãe de Equion, Prosérpina e a ninfa Lara, de quem nasceram os deuses Lares.
Hermes, sendo nome próprio de Mercúrio em grego, era dado a certas estátuas de mármore, e algumas vezes de bronze, sem braços e sem pés. Os atenienses, e seguindo o seu exemplo, outros povos da Grécia, mesmo depois os romanos, colocavam Hermes nas encruzilhadas das cidades e grandes estradas, porque Mercúrio presidia às viagens e aos caminhos. Geralmente, Hermes é uma coluna com uma cabeça; tendo duas cabeças, uma é de Mercúrio reunida à de outra divindade.
A quarta-feira (mercredi, em francês) dia da semana, é-lhe consagrada (Mercurii dies).
Tipo e Atributos de Mercúrio
A mudança, a transição, a passagem de um estado a outro foram personificados em Mercúrio. (Hermes). Mensageiro celeste, leva aos deuses as preces dos homens e aos homens os benefícios dos deuses; condutor das sombras, é a transição entre a vida e a morte; deus da eloqüência e dos tratados, faz passar ao espírito dos outros o pensamento de um orador ou de um legado. É o deus dos ginásios, porque na luta há troca de forças; é o deus do comércio e dos ladrões, porque um objeto vendido ou roubado passa de uma mão a outra.
Na grande época da arte, esse deus se revestiu de caráter muitíssimo diferente. Mercúrio torna-se, então, um efebo, macio e ágil, sempre imberbe, de cabelos curtos e apresentando o tipo perfeito dos jovens que freqüentam os ginásios. O seu rosto nunca tem a majestosidade de Júpiter, nem a altivez de Apolo, mas freqüentemente o cunho de uma grande finura, de acordo com o seu papel na Lenda, em que personifica a astúcia e a habilidade.
Dá-se ainda a Mercúrio outra série de atributos em relação com as suas diferentes funções. Como divindade pastoral, acompanhado uma ou outra vez de um carneiro ou uma cabra; como inventor da lira, coloca-se-lhe ao lado uma tartaruga. É um galo que o caracteriza como deus do ginásio, e a bolsa que segura com a mão revela o deus da mudança.
Mercúrio nasceu da união de Júpiter e de Maia, filha do Titã Atlas. Divindade arcádia, é numa gruta do monte Cilene que vê o dia pela primeira vez, e é por isso que alguns lhe dão o nome de deus de Cilene. Poucas divindades aparecem tão freqüentemente como Mercúrio na mitologia; o seu papel é importantíssimo, e em numerosos casos é, como os nossos criados de comédia, o personagem que tudo faz, embora sempre dependente.
Além das cenas da Lenda, das quais participa diretamente, Mercúrio surge em alguns monumentos ao lado de outras divindades, às quais se liga simbolicamente. Uma moeda de Marco Aurélio apresenta-o ao lado de Minerva, em virtude da relação existente entre o deus do comércio e a deusa da indústria. As relações com Vênus são ainda mais diretas, pois da união de ambos é que nasce Hermafrodita (Hermes-Aphrodite). Plutarco explica tal união dizendo que a eloqüência e o encanto da linguagem devem associar-se ao atrativo da beleza.
Mercúrio, Inventor da Lira
Mercúrio inventou a lira no mesmo dia em que nasceu. "Mal saiu do seio materno, não ficou envolto nos sagrados cueiros; pelo contrário, imediatamente ultrapassou o limiar do antro sombrio. Encontrou uma tartaruga e dela se apoderou. Estava ela na estrada da gruta, arrastando-se devagar e comendo as flores do campo. Ao vê-la o filho de Júpiter alegra-se; pega-a com ambas as mãos, e volta para a sua morada, com o interessante amigo. Esvazia a escama com o cinzel de brilhante aço e arranca a vida à tartaruga. Em seguida, corta alguns caniços, na medida certa, e com eles fura o costado da tartaruga de escama de pedra; em volta estende com habilidade uma pele de boi, adapta um cabo, no qual, nos dois lados, mergulha cavilhas; em seguida, acrescenta sete cordas harmoniosas de tripa de ovelha.
"Terminando o trabalho, ergue o delicioso instrumento, bate-o com cadência empregando o arco, e a sua mão produz retumbante som. Então o deus canta improvisando harmoniosos versos, e assim como os jovens nos festins se entregam à alegria, ele também conta as entrevistas com Júpiter e a formosa Maia, sua mãe, celebra o seu nascimento ilustre, canta as companheiras da ninfa, as suas ricas moradas, os tripés e os suntuosos tanques que se encontram na gruta." (Hino homérico).
Mercúrio, Rei dos Ladrões

Desde a mais tenra infância mostrou Mercúrio as qualidades que dele iriam fazer o deus dos ladrões. No mesmo dia em que nasceu, roubou o tridente de Netuno, as setas de Cupido, a espada de  Marte, a cintura de  Vênus, etc. Foi para fechar tão belo dia que foi roubar os bois guardados por  Apolo, e para que ninguém lhe seguisse as pegadas, resolveu fazê-los caminhar de costas. Levou-os assim até Pilos, onde imolou dois aos deuses do Olimpo, e ocultou os demais numa caverna.
Mercúrio desconfiou que o pastor Bato, o qual guarda em tal lugar os rebanhos do rico Neleu, divulgaria o seu roubo, se fosse interrogado, e sobretudo se disso lhe adviesse alguma vantagem; assim, aproximando-se-lhe, pôs-se a acariciá-lo, e disse-lhe pegando-o pela mão: "Meu amigo, se por acaso alguém vier pedir-te novas deste rebanho, dize que o não viste; como recompensa, dou-te esta bela novilha. - Podes estar certo, retrucou Bato, recebendo-a; esta pedra que vês será mais capaz de trair-te o segredo do que eu." Mercúrio fingiu, então, afastar-se, e voltando um instante depois sob outro aspecto: "Bom homem, disse-lhe, se viste passar por aqui um rebanho, peço-te que me ajudes a procurá-lo; não favoreças com o teu silêncio o roubo que sofri; dar-te-ei uma vaca e um touro." O ancião, vendo que lhe ofereciam o dobro do que recebera: "Penso, respondeu, que o teu rebanho deve estar nas cercanias desta montanha; sim, deve estar, se não me engano!" Mercúrio, rindo-se de tais palavras, disse-lhe: "Ah, tu me trais, não é verdade? Pérfido, enganas-me!" Assim dizendo, metamorfoseou-o na pedra que se chama de toque, a qual serve para reconhecer-se se o ouro é de boa liga ou se é falso. (Ovídio).
Quando sobreveio o dia, Mercúrio voltou às alturas de Cilene. Ali, curva-se e esgueira-se para dentro da morada, entrando pela fechadura. Caminha com passo furtivo no reduto sagrado da gruta, penetra sem ruído como faz habitualmente na Terra, e assim chega até o seu leito, onde se cobre com fraldas, como qualquer criancinha e fica deitado, com uma das mãos brincando com a faixa, e com a outra empunhando a melodioso lira. Mas o deus não pudera ocultar a fuga a sua mãe, que lhe dirigiu a palavra nestes termos: "Pequenino astuto, menino cheio de audácia, de onde vens durante a treva da noite? Temo que o poderoso filho de Latona te cubra os membros de pesados laços, te arranque a esta morada, ou te surpreenda nos vales, ocupado em temerários roubos."
Mercúrio respondeu-lhe com as palavras cheias de astúcia: "Mamãe, por que pretendes assustar-me como se eu fora uma criança débil que mal conhece uma fraude e treme ouvindo a voz de sua mãe? Quero continuar a exercer esta arte que me parece a melhor par a tua glória e a minha." (Hino homérico).
Apolo não conseguia informações sobre os bois; mas notando um pássaro que cruza o céu, com as asas abertas, reconhece imediatamente, na sua qualidade de profeta e áugure, que o ladrão é o filho de Júpiter. Atira-se com rapidez aos picos de Cilene, e penetra na gruta, onde Maia deu à luz Mercúrio. O menino, vendo Apolo irritado pelo roubo das reses, amontoa-se numa bola e envolve-se nas fraldas.
O filho de Latona, após procurar por toda parte, dirige estas palavras a Mercúrio: "Menino, que repousas neste berço, dize-me imediatamente onde estão as minhas reses; se o não fizeres, erguer-se-ão entre nós funestos debates; agarrar-te-ei e precipitar-te-ei no sombrio Tártaro, no seio das sombras funestas e horríveis. Nem teu pai, nem tua mãe venerável poderão devolver-te à luz, e tu viverás eternamente sob a Terra." Mercúrio respondeu-lhe com astúcia: Filho de Latona, por que falas de maneira tão impressionante comigo? Por que vens procurar aqui as tuas reses? Eu nunca as vi, e delas nunca ouvi falar; não me é possível indicar-lhe o ladrão; por conseguinte, não receberia a recompensa prometida a quem fizer com que o descubras. Não tenho a força do homem capaz de roubar rebanhos. Não é esse o meu trabalho, porquanto outros cuidados me reclamam: preciso do suave sono, do leite de minha mãe, destas fraldas que me cobrem, e dos banhos mornos. Trata de evitar, pelo contrário, que se saiba desta divergência: seria um escândalo para todos os imortais saberem que um menino recém-nascido transpôs o limiar de tua morada com reses não domesticadas. O que dizes são palavras de insensato. Nasci ontem, as pedras houveram dilacerado a pele delicada dos meus pés; mas se exiges pronunciarei um juramento terrível: jurarei pela cabeça de meu pai que não conheço o ladrão das tuas reses." (Hino homérico).
Entretanto, Apolo não se deu por vencido, e pegando o garoto ao colo, o levou a Júpiter, a quem pediu os bois que o filho lhe roubara. Mercúrio começou por negar descaradamente o roubo; mas Júpiter, que tudo sabe, ordenou-lhe que devolvesse o que pegara indevidamente, e o menino conduziu Apolo para a gruta em que ocultara os animais. Enquanto Apolo os contava, Mercúrio começou a tocar lira, instrumento que ele acabara de inventar, e Apolo ficou de tal modo encantado que quis comprar-lho. Mercúrio, na sua qualidade de deus do comércio, valeu-se da ocasião para um bom negócio, e pediu em troca os bois. Apolo, imediatamente, tentou tocar lira, mas enquanto lidava para arrancar os acordes, Mercúrio descobriu o meio de inventar o cálamo. Apolo desejou também o novo instrumento, que Mercúrio lhe vendeu em troca do caduceu, vareta mágica, entrelaçada de serpentes e que lhe serviu mais tarde para adormecer Argos. O descaramento com o qual Mercúrio soube mentir no mesmo dia em que nascera, e a inteligência com a qual defendeu uma péssima causa, lhe garantiram o patronato dos advogados.

Um epigrama da Antologia zomba do deus dos ladrões: "Posso tocar numa couve, deus de Cilene? - Não, transeunte. - Que vergonha há nisso? - Não há vergonha, mas existe uma lei que proíbe apoderar-se do bem alheio. - Que coisa estranha! Mercúrio estabeleceu uma lei contra o roubo!"

A VERSÃO MITOLÓGICA DA CONSTELAÇÃO DE TOURO

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


























A constelação de Touro é uma das mais facilmente identificáveis no céu. Muitos já devem ter visto um conjunto de estrelas muito brilhantes designado por 'sete irmãs'. Pois elas se localizam exatamente na constelação do Touro, que ainda traz outros objetos muito interessantes, como a estrela Aldebarã, ou olho de touro, as Híades e a famosa nebulosa do Caranguejo. Estamos na melhor época do ano para observar esta constelação, o verão, pois é quando ela mais se destaca no céu, nascendo a leste por volta de 18 horas e estando visível praticamente a noite toda.
MITOLOGIA
  Segundo a mitologia grega, há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro, um rei, Agenor, cuja filha era muito bela. Seu nome era Europa, e Zeus se apaixonou perdidamente por sua beleza. Queria possuí-la a qualquer preço. Movido por essa determinação, Zeus decidiu utilizar-se de seu estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear de algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre outra aparência qualquer. Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Em uma das praias de Tiro onde um grupo de moças se divertia, entre elas, Europa, a calma das jovens foi abalada pela aparição do touro branco, assustando o grupo. De todas as moças a única que não foge é Europa, que se aproxima do touro e acaricia o pêlo alvo do animal e o enfeita com flores. Quando as moças ganham confiança e se aproximam, o touro se levanta e foge em direção ao mar, a galope sobre as ondas, com Europa no dorso.
Pintura retratando o rapto de Europa pelo Touro
         Europa pede socorro às companheiras, mas o touro, correndo dia e noite sem parar, nadou até uma praia em Creta, onde se abaixou para que a jovem pudesse descer. Aí Zeus retoma a sua forma divina e une-se a Europa que, com o tempo, dá a ele dois filhos, entre eles Minos, futuro rei de Creta e pai do Minotauro. O Touro brilha até hoje no céu como uma constelação, para recordar essa união.

Aldebarã
         A estrela Aldebarã (ou alfa Tauri) é a estrela mais brilhante da constelação de touro. É conhecida popularmente como o olho do touro, pois sua localização na imagem sugerida para a constelação ocupa sensivelmente a posição do olho esquerdo do Touro mítico.
       O seu nome provém da palavra árabe al-dabarān que significa "aquela que segue" – referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu. Aldebarã é uma das estrelas mais facilmente identificáveis no céu noturno, tanto devido ao seu brilho como à sua localização. Identificamo-la rapidamente se seguirmos a direção das três estrelas centrais da constelação de Orion (designadas popularmente por “três Marias”), da direita para a esquerda, no hemisfério sul – Aldebarã é a primeira das estrelas mais brilhantes que encontramos no seguimento dessa linha. É uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha-laranja), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da seqüência principal do Diagrama HR depois de ter gasto todo o hidrogênio que constituía o seu “combustível”. Atualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio da qual resultam cinzas de carbono e oxigênio. O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente cerca de 40 vezes maior que o Sol. Localiza-se a 65 anos-luz da Terra, e sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude).

Plêiades
        O aglomerado estelar aberto das Plêiades é o grupo de estrelas mais brilhante em todo o céu. As Plêiades também são conhecidas por vários outros nomes tais como "Sete Irmãs", “Sete-estrelo” em algumas passagens bíblicas, como M 45 pela classificação do catálogo Messier, e como "Subaru" no Japão.
       O nome Plêiades deriva do grego plein, que significava a abertura e o fechamento da estação da navegação entre os gregos. Na mitologia grega, as Plêiades são as sete irmãs, filhas de Pleione e Atlas, perseguidas por Órion que estava encantado com a beleza das moças, e que para escapar da perseguição do caçador, recorreram aos deuses, que as transformaram em sete estrelas. Seus nomes eram: Maia, Electra, Taígeta, Astérope, Mérope, Alcíone e Celeno.
      Um modo fácil de localizar as plêiades no céu é tomando a reta formada pelas estrelas Betegeuse (na constelação de Orion) e Aldebarã, ambas fáceis de ser identificdas por ter cor avermelhada. Seguindo a reta chegaremos ao aglomerado das Plêiades, bem no pescoço do touro.
        As Plêiades, como é típico dos enxames abertos, constituem um grupo de estrelas que se formaram a partir de uma mesma massa inicial de gás e poeira. Trata-se de um enxame muito jovem: a sua idade é estimada em 100 milhões de anos, pelo que terão nascido numa altura em que a Terra era dominada pelos dinossauros. Em fotografias de longa exposição ainda é possível observar o que resta desse gás inicial. O enxame compreende pelo menos 500 estrelas, predominantemente de cor branco-azuladas e muito quentes, e situa-se a 380 anos-luz. Estima-se que durará cerca de 300 milhões de anos para que as estrelas deste aglomerado se dispersem.

Híades
        Nas proximidades das Plêiades, é possível observar outro aglomerado aberto, ainda que menos espetacular: as Híades. Na mitologia grega, as Híades eram filhas de Atlas e Etera, e, portanto irmãs das Plêiades pelo lado paterno. Os antigos acreditavam que o nascer e o pôr helíaco das Híades estavam associados às chuvas. A palavra Híades significa literalmente água ou chuva. As Híades têm um formato em "V" simbolizando a cara do Touro, com a estrela Aldebarã representando um olho.
        Aldebarã, na realidade, não pertence ao aglomerado das Híades, mas devido ao efeito de superposição, é impossível não associá-los, pois as suas estrelas distribuem-se, aparentemente, em torno dela. Mas isso não passa de um efeito de perspectiva - enquanto Aldebarã se situa a 60 anos-luz da Terra, as Híades encontram-se a 150 anos-luz. Ainda assim, as Híades constituem o enxame aberto mais próximo de nós. A rotação aparente da esfera celeste dá-nos a sensação de que Aldebarã e as Híades seguem as Plêiades. Por essa razão, o nome árabe daquela estrela, al-dabarān, significa “aquela que segue”.

Nebulosa do Caranguejo
        A Nebulosa do Caranguejo (catalogado como M1, NGC 1952 ou ainda por Taurus A) foi observada pela primeira vez em 1731, e é o remanescente de uma supernova (resultado da morte de uma estrela massiva, que colapsou e explodiu liberando uma enorme quantidade de energia) que foi registrada, como uma estrela visível à luz do dia, por astrônomos chineses em 1054. Esta super estrela era o 3º corpo mais brilhante no céu (contando com o Sol e a Lua) e pôde ser observada durante o dia por mais de dois meses apesar de se encontrar a cerca de 6300 anos luz de distância. A Nebulosa do Caranguejo se tornou o primeiro objeto astronômico reconhecido como sendo ligado a uma explosão de supernova.
       Sua magnitude aparente é de 8,4, não podendo ser vista a olho nu. No entanto, não é difícil sabermos sua localização, visto que está bem próxima de um dos chifres do touro, conforme mostra a figura abaixo.
       No interior desta nebulosa, existe um pulsar (uma fonte de rádio) e que também pode ser chamada de Estrela de Nêutrons, que gira rapidamente em torno de seu eixo a uma velocidade de 30 vezes por segundo, diminuindo gradativamente esta velocidade em razão da interação magnética com a nebulosa. A energia liberada à medida que o pulsar desacelera é enorme e cria uma região incomumente dinâmica no centro da Nebulosa do Caranguejo. Enquanto a maior parte dos objetos astronômicos evoluem tão lentamente que mudanças somente são visíveis em escalas de tempo de muitos anos, as partes internas do Caranguejo mostram mudanças em escalas de tempo de apenas alguns dias.


A HISTÓRIA DO CAÇADOR

terça-feira, 3 de janeiro de 2012


        
   Nesses últimos tempos estivemos observando muitas coisas interessantes pelo céu afora. Mas parece que o catálogo de atrações celestes é infinito. Pudera! Quantos astrônomos na antiguidade dedicaram uma vida inteira vasculhando os céus e mesmo assim perderam muitos dos grandes espetáculos protagonizados pelos astros. Hoje estamos munidos de instrumentos poderosos, que nos permite ir mais longe, dissecar minuciosamente cada detalhe do imenso palco estelar! Não somente eles, mas qualquer astrônomo está destinado à mesma sorte: a astronomia é um dos poucos ramos da ciência em que descobertas surpreendentes, fotos admiráveis ou dados curiosos são divulgados a todo o momento.
            Nesses meses que seguirão teremos a oportunidade de observar outra das mais belas constelações: a
constelação de Órion.
            Órion, o caçador, de acordo com a mitologia grega, desempenhou um papel importante para as civilizações antigas. Sua posição no céu ao longo do ano era um prenúncio das mudanças climáticas que estavam por vir.  Quando se observava Órion nascer durante o amanhecer, era um sinal que o verão houvera chegado. Seu nascimento no início da noite anunciava o inverno, e à meia-noite indicava época da colheita de uvas. Essas observações foram feitas por civilizações do hemisfério norte. Para o hemisfério sul vale o contrário. No meio de dezembro Órion estará nascendo para nós (no leste) após o crepúsculo. O que isso pode nos indicar? Isso mesmo! Preparem-se para o verão!
O caçador Órion
             Conta-nos a mitologia grega que Órion era um gigante caçador, filho de Netuno e favorito de Diana, com quem quase se casou. O irmão de Diana, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado.  Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos: percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com acabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertaro alvo que distante se movia. Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, cujo corpo já moribundo foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo a fatalidade que havia cometido, Diana, em meio às lágrimas, colocou Órion entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão e com as Plêiades fugindo do caçador.
             As Plêiades eram ninfas do séqüito de Diana por quem Órion se apaixonou e perseguiu. Elas, desesperadas, só conseguiram escapar graças a Júpiter, que as transformou em pombas e então numa constelação do céu. Embora as Plêiades fossem sete, somente seis estrelas são visíveis no céu – nos conta a lenda que Electra nãoconseguiu suportar a dor de ver a cidade de Tróia, que fora fundado por seu filho, cair em ruínas e abandonou seu lugar. Suas irmãs se empalideceram diante de tal visão.
            Abaixo se segue um trecho do poema de Henry Wadsworth  Longfellow sobre a “Ocultação de Órion”, cujos versos expressam o momento em que suas estrelas são ocultas, aos poucos, pela Lua:


A rubra pele de leão caiu-lhe
Aos pés, dentro do rio. E a bruta clava
A cabeça do touro já não fere
Voltado, como outrora,quando, junto
Ao mar, cegou-o Eunápio e em sua forja,
Procurou o ferreiro, e a rude encosta
Galgou penosamente, a passos lentos,
Fixando no sol o olhar vazio.




  
Betelgeuse é uma das estrelas mais brilhantes, cujo diâmetro chega a ser 250 vezes maior que o do Sol. Como toda gigante sua atmosfera é bastante difusa, com densidade muito menor que a de nossa atmosfera. Sua distância até nós é de aproximadamente 200 anos-luz. Observe a figura abaixo da constelação de Órion, com destaque para Betelgeuse, prestando atenção especial nas escalas. Perceba a difusividade de sua atmosfera.
  

NEBULOSA DE ÓRION
     A nebulosa de Órion é um dos objetos presentes no céu mais interessantes à observação. Conhecida também como M42 ou NGC 1976, essa nebulosa difusa é uma das mais brilhantes, tanto que numa noite de céu limpo e num local longe de poluição e luz ela chega a servisível a olho nu. Localizá-la não é difícil – ela se encontra na espada do gigante Órion. Partindo das Três Marias, que é seu cinto, encontra-se a espada logo abaixo. Compare o desenho de Órion (primeira figurano texto) com a foto acima.
            M42 está a mais de mil anos luz de distância da Terra e écomposta principalmente por estrelas jovens e bastante quentes do tipo O (veja a dica “Observando as cores das estrelas”) num agrupamento conhecido como o Trapézio. A radiação emitida por essas estrelas excita uma nuvem de gás e poeira que passa a emitir o brilho característico da nebulosa.
            Documentos de observação dessa nebulosa datam desde 1610 (Nicholas-Claude Fabri de Peiresc). Em 1769 Messier a adicionou em seu catálogo, descrevendo como : “(...) uma linda nebulosa na espada de Órion, ao redor da estrela Theta, junto a outras três estrelas menores as quais não conseguimos ver senão com algum instrumento.”
          

A MITOLOGIA ASTRONOMICA DAS PLÊIADES

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


danny_lacrue_7
 

Esta imagem foi obtida a partir do arquivo do ESO DSS, com a imagem  DSS2Blue DSS2Red fundidas em uma terceira imagem verde para dar a imagem colorida final.
Crédito:Danny & the LaCrue Photoshop ESA / ESO / NASA FITS Liberator
As Plêiades (Objeto Messier 45) são um grupo de estrelas na constelação do Touro. As Plêiades, também chamadas de aglomerado estelar (ou aglomerado aberto) M45 são facilmente visíveis a olho nu nos dois hemisférios e consistem de várias estrelas brilhantes e quentes, de espectro predominantemente azul. As Plêiades tem vários significados em diferentes culturas e tradições.
O cluster é dominado por estrelas azuis quentes, que se formaram nos últimos 100 milhões de anos. Há uma nebulosa de reflexão formada por poeira em torno das estrelas mais brilhantes que acreditava-se a princípio ter sido formado pelos restos da formação do cluster (por isto receberam o nome alternativo de Nebulosa Maia, da estrela Maia), mas hoje sabe-se que se trata de uma nuvem de poeira não relacionada ao aglomerado, no meio interestelar que as estrelas estão atravessando atualmente. Os astrônomos estimam que o cluster irá sobreviver por mais 250 milhões de anos, depois dos quais será dispersado devido à interações gravitacionais com a vizinhança galáctica.
             A HISTÓRIA

Mistérios rondam as Plêiades desde os tempos antigos. Vamos no artigo que segue, falar um pouco deste aglomerado estrelar aberto, o mais brilhante do céu,situado na Constelação de Touro e sua influência em algumas civilizações.
Foi dos gregos que herdamos o seu nome, oriundo da palavra grega "pleios", que significa "pleno", "cheio" ou "muitos". Também pode estar associado à palavra grega "plei", que significa "navegar". Na mitologia grega, as Plêiades eram as sete filhas de Atlas e Plêione (uma explicação mais óbvia para o nome das Plêiades refere-se precisamente ao nome da mãe, que, tal como Atlas, também está representada no enxame).. Dá-se-lhes também o nome de Sete-Estrêlo ou Setestrelo, Sete Irmãs, M 45 pela classificação do catálogo Messier, e como Subaru no Japão. Seis das estrelas são visíveis sem o auxílio de telescópios. Aproximadamente 500 estrelas predominantemente de cor branca-azulada pertencem a este aglomerado e a maioria delas são fracas. Situa-se a 380 anos-luz, ou seja, a sua luz demora 380 anos a alcançar-nos. Alcione é a estrela a mais brilhante das Plêiades Sua magnitude aparente é 3 e está a 500 anos-luz da Terra.
Na mitologia grega
As Miades são sete ninfas, filhas de Atlas e de Plêione, que foram muito amadas pelos deuses, com exceção de uma delas, Mérope, que desposou Sísifo. Um dia em que elas estavam a ser perseguidas, nas montanhas da Beócia, pelo gigante Orion, imploraram ajuda a Zeus. Este transformou-as, imediatamente, em pombas (é este o sentido da palavra plêiades) conduzindo-as para o céu, onde se transformaram em estrelas. Na Primavera, elas brilhavam com grande fulgor, à exceção de Mérope, cujo brilho era mais ténue do que o das suas irmãs.
Existe uma outra explicação para a metamorfose destas ninfas. As Plêiades tinham um irmão, Hias, e cinco irmãs, as Híades. Estas eram citadas como tendo elevado Zeus, em Doclona e, mais tarde, Dioniso em Nisa.
Acontece que Hias foi morto no decurso de uma caçada, deixando as suas irmãs inconsoláveis. Os deuses, por piedade com a dor das jovens, decidiram transformá-las, então, em astros: a aparição das Híades no céu anuncia, a partir de então, a estação das chuvas (este é o sentido da palavra Híades).
Por alusão às sete filhas de Atlas, chama-se plêiade a um grupo de sete pessoas unidas por interesses comuns; a mais célebre piêiade foi aquela que reuniu à volta de Ronsard e de Du Bellay os poetas franceses da Renascença.
Por volta do dia 10 de novembro, as Plêiades nascem logo após o pôr-do-sol, este dia recebe o nome de nascer anti-helíaco das Plêiades, pois o Sol se encontra no lado oeste e as Plêiades no lado leste. Perto de 1o de maio, acontece o ocaso helíaco das Plêiades, pois elas desaparecem do lado oeste, logo após o pôr-do-sol. Depois desse dia, elas não são mais visíveis à noite, até perto do dia 5 de junho quando ocorre, novamente, seu nascer helíaco. Pode-se admitir, então, um ano sideral, baseado no nascer helíaco das Plêiades.
1. Maia, a mais velha das sete Plêiades, foi mãe de Hermes –pai Zeus.
2. Electra, mãe de Dardanus e Iason– pai Zeus .
3. Taygete, mãe de Lacedaemon, pai Zeus
4. Alcyone, mãe de Hyrieus, pai Poseidon
5. Celaeno, mãe de Lycus e Eurypylus – pai Poseidon
6. Sterope (Asterope), mãe de Oenomaus, pai Áries
7. Merope, a mais jovem dos sete Plêiades, foi amada por Órion mas em outros contextos teria casado com Sisyphus e se tornado mortal. Foi a única das Irmãs Plêiades que não se casou com um deus.
Para os índios brasileiros
Os tupinambás conheciam muito bem o aglomerado estelar das Plêiades e o denominavam "Seichu". Quando elas apareciam, afirmavam que as chuvas iam chegar, como chegavam, efetivamente, poucos dias depois. Como a constelação aparecia alguns dias antes das chuvas e desaparecia no fim para tornar a reaparecer em igual época, eles reconheciam perfeitamente o intervalo de tempo decorrido de um ano a outro. Da mesma maneira, atualmente para os tembés, que habitam o Norte do Brasil, o nascer helíaco das Plêiades anuncia a estação da chuva e o seu ocaso helíaco aponta a estação da seca. Para os guaranis, do Sul do país, o nascer helíaco das Plêiades anuncia o inverno, enquanto o ocaso helíaco indica a proximidade do verão.É interessante observar que culturas diferentes, habitando regiões distintas e vivendo épocas desencontradas, utilizavam as Plêiades como calendário, mesmo considerando que seu nascer helíaco, nascer anti-helíaco e ocaso helíaco não correspondessem exatamente ao início das estações do ano. Pensamos que, além de sua beleza, outro motivo contribui para essa escolha: as Plêiades estão situa-das a cerca de quatro graus da eclíptica. Por isso, alguns de seus componentes são freqüentemente ocultos pela Lua e ocasionalmente pelos planetas do nosso Sistema Solar. Essas ocultações oferecem um belo espetáculo da Natureza, sendo observadas mesmo a olho nu.
Para os Aztecas
Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros. Os livros eram importantíssimos, os colégios dos nobres e os palácio possuíam volumosas bibliotecas. a escrita era uma mistura de ideografia com a escrita fonética, s alguns caracteres derrotaram idéias e objetos, e outros, designavam sons.
No Calendário se encontram representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos. Ao centro destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin, símbolo do nosso universo. Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin, contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos, círculos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos, representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice"). Os astecas tinham conhecimento precisos sobre a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa. Eles atribuíam uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base o número 20. Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos anos". Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos, etc.
Para os Incas
Os incas acreditavam que as estrelas eram guardiões celestiais e que cada classe de animal e ave tinha sua própria estrela ou constelação. As Plêiadas, era Collca para os incas, que significava armazém. Ela tinha a responsabilidade de preservar as sementes e era especialmente honrada.
Para os Maias
Segundo a cronologia Maia, a era atual começou em 10 de agosto de 3113 a. C., data que marca o Nascimento de Vênus, e deve terminar em 22 de dezembro de 2012, quando esta estrela "morrerá" simbolicamente, ou desaparecerá por traz do horizonte ocidental, no mesmo instante em que as Plêiades nascerão a leste. O que para eles será em 2012.
Dezembro de 2012 marca o fim de um ciclo definido pelo calendário Maia. Muitos acreditam que isso se traduzirá em desastres e cataclismas naturais - algo muito próximo da concepção cristã do Juízo Final. Outros acreditam que essa data marcará o fim da ênfase materialista da civilização ocidental. De qualquer modo, as especulações sobre a natureza dessa previsão estão se aproximando cada vez mais da ciência, mais particularmente das transformações que ocorrem ciclicamente com as irradiações solares.
Para os Egípcios
Na Pirâmide de Quéops, em particular, nota-se um detalhe no mínimo interessante.Os dutos de ventilação que desembocam na Câmara do Rei permitem que, a partir do sarcófago de granito vazio que existe no interior daCâmara, se visualize numa determinada época do ano o "Cinturão de Órion" por um duto, e a estrela Sírius (a (Alpha) Canis Majoris) , pelo outro.
Não seria surpresa portanto que, se fosse dado prosseguimento a esta pesquisa, pudéssemos verificar monumentos e/ou localidades correspondentes a outras estrelas de Órion, como as principais Betelgeuse - a (Alpha) Orionis, Rigel - b (Beta) Orionis, Bellatrix - g (Gamma) Orionis e Saiph - f (Kappa) Orionis, além de outras estrelas importantes para os antigos egípcios como Aldebaran (a (Alpha) Taurii), as Plêiades (Enxame de abelhas como chamam nossos índios - também em Taurus - constelação aliás que marcava o início do zodíaco egípcio.
Algumas estrelas de Touro, em particular Aldebaran, o aglomerado estelar das Hyades e o aglomerado das Plêiades, sempre despertaram um "interesse especial" em outras culturas antigas (Vedas, Hindus, Chineses, Persas, Sumérios, Babilônicos, Gregos, Celtas, Aztecas, Incas, Maias) incluindo Tribos norte-americanas (Navajo, Anasazi, Sioux, etc.) e brasileiras (Tupi-Guarani, Jê, Aruaque, Bororo, Carajás, Txucarramãe, etc.). Além disso, verifica-se a presença de Alcyone (h (Eta) Taurii) como uma das Plêiades. Alcyone tem uma importância fundamental pois é uma espécie de "Estrela Central" de esquemas evolutivos estelares interdimensionais, do qual o Sol faz parte, dimensionando energias ("adaptando" e purificando frequências vibracionais) para este setor Galáctico, onde o chamado "Photon Belt" (Cinturão de Fótons) tem uma ação eterminante no aumento do fluxo energético, principalmente no que tange ao nosso Sistema Solar pois este adentrará uma região do espaço sideral onde as frequências são muito mais aceleradas. Para os estudiosos da Ufologia dita Esotérica (infelizmente ainda esotérica, vimanosófica, avançada, espiritualista - são tantos nomes. - A Ufologia é uma só!), a conexão de civilizações extraterrestres atuantes em Aldebaran, Plêiades (Alcyone), Órion e Sírius é clara e importantíssima neste processo de "Salto Qualitativo" energético da Terra.
Para os indus
Os indus em suas diversas correntes nos trazem muitos dados arqueoastronômicos entre eles sobre as Plêiades. Por exemplo, o Shatapatha Brahmana menciona o levantamento ou surgimento das Plêiades(Krttikas) " Este teria sido o caso com precisão em 2950 AC e 2000 AC .
Para os celtas
Os povos celtas celebravam no sabbat Samhaim o mesmo conceito de caos e reversão da ordem normal, acrescentando rituais específicos para reverenciar os ancestrais, práticas mágicas e de adivinhação para atrair amor, fertilidade, boa sorte, saúde e abundância para o ano novo. São algumas destas características que persistiram nas festas Halloween, como nas brincadeiras das crianças pedindo doces ou se fantasiando de fantasmas e nas tradições dos bailes de máscaras.
De acordo com um texto de Plutarco, de facie in orbe lunae, foi possível deduzir que o século de 30 anos dos Druidas começava quando o planeta Saturno, Nyctouros, entrava no ciclo do touro, ou seja, quando todos os 30 anos, nesta época, Saturno e a Lua no seu sexto dia se viam em conjunção com a pequena constelação das Plêiades, a noite da festa de Samhain.
Na Bíblia
A Bíblia fala de vários objetos astronômicos, além do sol e dos planetas. algumas constelações tais como Ursa Major (Ursa Maior) e Órion também surgem ao longo do texto bíblico. As Plêiades chamadas de "Sete-estrelo" na tradução em português, é citada em três momentos:
*livro de Jó: 9-9
9-9 ...quem fez a Ursa, o Órion, o Sete-estrelo e as recâmaras do sul;
*livro de Jó: 38-31
38-31... Ou poderás tu, atar as cadeias do Sete-estrelo, ou soltar os laços de Órion?
*livro de Amós: 5-8
5-8 ...procurai o que faz o Sete-estrelo, e o Órion, e torna a densa treva em manhã e muda o dia em noite; o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra: o Senhor é o seu nome.
No misticismo
As Plêiades foram muito citadas nas Sagradas Escrituras - Bíblia, e em vários ensinamentos de tipo esotérico. Alcione é, precisamente, o Sol principal das Plêiades e ao seu redor gravitam 7 sóis, sendo o nosso sol o sétimo girando ao redor de Alcione. Cada sol é centro de um sistema solar e Alcione é o centro de 7 sistemas solares. Mas, é bom sabermos que Alcione também possui anéis. São maiores que os de Saturno, com a seguinte diferença: enquanto aqueles são compostos de rochas, pedras meteóricas, areia e matéria de diversas espécies, os de Alcione formam um todo único e são radioativos, ou seja, são constituídos de radiações e, segundo os místicos um dia a gravidade emanada das Plêiades mudará o curso da Terra trazendo o caos ou o fim do mundo.
Como vimos, muitos são os povos antigos, muitas são as crenças e ligações entre os homens e as Plêiades, seja na mitologia ou na astronomia como precursoras de solstícios, estações, predições de cataclismas, etc. Crendices ou não é o que nos contam os escritores dos primórdios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário